Mercados

Ibovespa opera perto da estabilidade com alta de exportadoras e exterior negativo

18 jan 2022, 10:23 - atualizado em 18 jan 2022, 12:04
Ibovespa
Às 11:14, o Ibovespa subia 0,13%, a 106.517,87 pontos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira operava entre perdas e ganhos leves nesta terça-feira, com a alta de papéis de empresas exportadoras de commodities contrabalançando um clima de aversão ao risco nos mercados internacionais e preocupação com a cena fiscal no Brasil.

Às 11:14, o Ibovespa subia 0,13%, a 106.517,87 pontos. O volume financeiro era de 3,9 bilhões de reais.

Ao menos 40 categorias de servidores públicos federais devem promover manifestações nas ruas de Brasília e paralisação de atividades em movimento para pressionar o governo a liberar reajustes salariais.

O gatilho que deflagrou os movimentos foi a autorização dada pelo governo, a pedido de Jair Bolsonaro, para reajustar salários de algumas categorias policiais, o que gerou insatisfação em outras carreiras.

No exterior, os preços do petróleo atingiram maior patamar desde 2014, em meio a preocupações com potenciais problemas de oferta, o que ajuda as ações da Petrobras, de peso relevante no Ibovespa.

Já os principais índices de ações nos EUA cediam, diante da alta dos títulos do governo norte-americano, o que afetava especialmente as ações ligadas ao setor de tecnologia.

Os rendimentos dos Treasuries de dois anos, por exemplo, ultrapassaram 1% pela primeira vez desde fevereiro de 2020.

O movimento é influenciado pela perspectiva de alta na taxa de juros dos EUA nos próximos meses.

Investidores estão se posicionado para um banco central norte-americano mais agressivo no combate à inflação, antes de uma reunião de política monetária da semana que vem. Na Europa, os índices acionários também cediam.

Destaques

Petrobras (PETR3;PETR4) e ON subiam 0,9% e 0,3%, respectivamente, enquanto Petrorio (PRIO3) avançava 3,2% e 3R Petroleum (RRRP3) tinha alta de 1,6%, após petróleo atingir maior patamar em sete anos, diante de potencial disrupção na oferta.

Ataques do grupo Houthi, do Iêmen, aos Emirados Árabes Unidos, se juntaram a perspectivas de um mercado já apertado.

Vale (VALE3) subia 1,3% e siderúrgicas tinham fortes ganhos, com Gerdau (GGBR4;GGBR3) avançando 2,4%, após futuros do minério de ferro em Dalian fecharem em alta de 1,1%, enquanto preços spot com 62% de teor de ferro para entrega à China caíram.

Inter Unit caía 5%, Locaweb (LWSA3) cedia 5,2% e Méliuz (CASH3) recuava 1,5%, acompanhando sessão negativa para os papéis relacionados ao setor de tecnologia no exterior.

BRF recuava 4%, interrompendo quatro sessões de alta. Na véspera, acionistas da companhia aprovaram aumento de capital via follow-on. JBS (JBSS3) caía 0,8% e Marfrig (MRFG3) cedia 1,7% e Minerva (BEEF3) tinha queda de 1,2%.

Itaú (ITUB4) subia 0,8%, Bradesco (BBDC4) avançava 0,6%, Banco do Brasil tinha alta de 0,4%, enquanto BTG Pactual caía 2,6% e Santander (BSBR) recuava 0,7%.

MRV (MRVE3) caía 1,4%, após divulgar prévia operacional do quarto trimestre.

Os lançamentos totais subiram 52,4% sobre o mesmo período de 2020, dado principalmente o desempenho da AHS, unidade do grupo nos Estados Unidos, e as vendas cresceram 18% ano a ano. Mas a empresa apurou consumo de caixa no período.

Alpargatas (ALPA4) caía 5,6%, quarta queda consecutiva. Ambev (ABEV3) recuava 2,5%, Natura (NATU3) caía 1,6% e Raia Drogasil (RADL3) tinha queda de 3%.

Equatorial (EQTL3) caía 2,3%, após jornal Valor Econômico noticiar que a empresa prepara follow-on de até 3,5 bilhões de reais.

Melnick (MELK3), que não está no Ibovespa, caía 2,7%, Even (EVEN3) e Mitre (MTRE3) também recuavam após divulgação de dados operacionais do quarto trimestre.

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