Mercados

Ibovespa fecha em alta e caminha para melhor trimestre desde 2003

29 jun 2020, 17:19 - atualizado em 29 jun 2020, 18:05
Ibovespa
O Ibovespa (IBOV) subiu 2,03%, a 95.735,35 pontos, reforçando a trajetória que deve garantir mais um mês positivo (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Bolsa fechou em alta nesta segunda-feira, após uma semana de perdas, embalada pelo maior apetite a risco nos mercados globais, com dados econômicos melhores em um cenário de elevada liquidez prevalecendo sobre a alta de casos de Covid-19.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa (IBOV) subiu 2,03%, a 95.735,35 pontos, reforçando a trajetória que deve garantir mais um mês positivo (+9,5% até o momento) e provavelmente o melhor trimestre desde 2003 – até esta sessão, a alta no período alcança 31,1%. O volume financeiro nesta sessão somou 22,35 bilhões de reais.

Na última semana, o Ibovespa acumulou queda de 2,8%, com preocupações acerca do risco de uma nova onda de casos de coronavírus que ameace o processo de reabertura e retomada das economias em todo o mundo.

“Basicamente, tivemos uma realização de lucros na semana passada e agora voltamos à tendência positiva”, afirmou o gestor Ricardo Campos, da Reach Capital, destacando principalmente o ambiente de juros baixos no mundo e no Brasil.

Na visão de Campos, fatores como o número de mortes muito menor do que no pico da pandemia e a evolução dos protocolos de tratamento do vírus respaldam uma queda na disposição para fechar as economias novamente.

Em Wall Street, o S&P 500 também começou a semana no azul, em meio a expectativas de recuperação econômica apoiada em estímulos, com as ações da Boeing ajudando, além de dados mostrando sinais de recuperação no setor imobiliário dos EUA.

Ao mesmo tempo, a Gilead Sciences definiu o preço do medicamento remdesivir, seu candidato a tratamento para Covid-19, enquanto firmou um acordo para enviar quase toda a oferta da droga para os EUA nos próximos três meses.

Entrega do terceiro avião cargueiro KC 390 da Embraer à Força Aérea Brasileira
Embraer valorizou-se 7,54%, também entre os destaques de alta. A companhia entregou o terceiro cargueiro KC-390 para a Força Aérea Brasileira (Imagem: Divulgação/ Embraer)

A agenda econômica ainda mostrou que recuperação da confiança econômica na zona do euro se intensificou em junho, com melhora em todos os setores.

No Brasil, foram fechadas 331.901 vagas formais de trabalho em maio, pior desempenho para o mês da série disponibilizada pelo Ministério da Economia, com início em 2010, mas melhor em relação à performance fortemente negativa de abril.

Destaques

Via Varejo (VVAR3) fechou em alta da 7,63%, embalada pelo clima favorável na bolsa, com as rivais B2W (BTOW3) e Magazine Luiza (MGLU3) subindo 2,96% e 1,53%, respectivamente.

–  Embraer (EMBR3) valorizou-se 7,54%, também entre os destaques de alta. A companhia entregou o terceiro cargueiro KC-390 para a Força Aérea Brasileira, bem como o primeiro novo e aprimorado jato Phenom 300E.

IRB Brasil (IRBR3) subiu 5,06%, antes da divulgação do balanço trimestral ainda nesta segunda-feira, adiado por mais de uma vez.

BTG Pactual (BPAC11) avançou 4,58%, tendo no radar precificação de oferta bilionária de units prevista para esta segunda-feira. No setor, Bradesco (BBDC4) fechou em alta de 3,48% e Itaú Unibanco (ITUB4) teve acréscimo de 2,99%. Banco do Brasil (BBAS3) subiu 5,09%.

Vale (VALE3) fechou com variação positiva de apenas 0,02%, em sessão de queda do preço do minério de ferro na China, mas, no setor de mineração e siderurgia da bolsa paulista, Usiminas (USIM5) avançou 0,7%, CSN (CSNA3) caiu 1,49% e Gerdau (GGBR4) subiu 3,36%.

Petrobras (PETR4) valorizou-se 3,93%, na esteira da alta dos preços do petróleo no exterior. A companhia também informou que sua subsidiária integral Transpetro aprovou a criação de um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) que prevê atingir cerca de 557 empregados entre setembro de 2020 e julho de 2021. Petrobras (PETR3) subiu 3,11%.

Cielo (CIEL3) cedeu 0,22%, em meio a dúvidas sobre o desfecho de acordo com Facebook relacionado ao uso do Whatsapp para pagamentos, após reguladores terem suspendido as transações por meio do aplicativo. Facebook e Cielo solicitaram ao Cade que reverta decisão sobre acordo de pagamentos.

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