Mercados

Ibovespa fecha em alta, mas com volume reduzido antes de Copom e Fed

15 mar 2021, 17:15 - atualizado em 15 mar 2021, 19:22
BCB Copom
O volume financeiro somava 42,16 bilhões de reais (Imagem: Agência Brasil/Marcelo Casal Jr)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta segunda-feira, após sessão sem oscilações bruscas e marcada pelo vencimento de opções sobre ações, com agentes financeiros na expectativa de decisões de política monetária no Brasil e nos EUA nesta semana.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em alta de 0,6%, a 114.850,74 pontos, tendo alcançado 113.634,95 pontos na mínima e 114.903,23 pontos na máxima.

A performance positiva vem após o Ibovespa acumular declínio na semana passada, em meio a uma reviravolta política no Brasil, mas algum avanço fiscal, com a aprovação da PEC Emergencial pela Câmara dos Deputados, mesmo desidratada.

O volume financeiro somou 44,8 bilhões de reais, beneficiado pelo exercício de opções sobre ações, units e cotas de ETF que movimentou 17,5 bilhões de reais. Excluído esse montante, volume teria ficado bem abaixo da média em março, de 42,5 bilhões.

A partir desta segunda-feira, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos, o mercado à vista de ações brasileiro começou a fechar uma hora antes, às 17h, o que pode também explicar o menor montante negociado.

Na visão do chefe de renda variável e sócio da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga, investidores aguardam a “super quarta”, quando, além de Brasil e Estados Unidos, também o Banco da Inglaterra anuncia decisão sobre política monetária.

“Na quarta-feira, sim, deve haver muita movimentação”, afirmou, avaliando que o dia foi “bastante estável.”

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pode elevar da taxa básica de juros pela primeira vez desde julho de 2015, conforme pesquisa Reuters.

Antes da decisão do Copom, porém, prevista para após o fechamento da bolsa, o foco deve ficar no anúncio do Federal Reserve, previsto para 15h, acompanhado de projeções econômicas do banco central norte-americano.

À espera do Fed, Wall Street também teve uma sessão relativamente comportada, embora para o S&P 500 fechar com novo recorde.

Um grande desafio para o Ibovespa em março, na visão do analista Rafael Ribeiro da Clear, será o rompimento a faixa de 116 mil pontos, para reverter o viés de baixa do curtíssimo prazo e abrir caminho para os 120 mil pontos.

Destaques

Copel (CPLE6) saltou 7,30%, com o setor elétrico entre os melhores desempenhos, em meio a expectativas de menor participação estatal em algumas empresas.

Eletrobras (ELET3), que divulga balanço nesta segunda, subiu 3,52%.

Gol (GOLL4) valorizou-se 5,66% e Azul (AZUL4) fechou em alta de 4,16%, seguindo o movimento de aéreas no exterior, enquanto o IBC-Br mostrou crescimento acima da esperado na atividade econômica no país no primeiro mês do ano.

Via Varejo (VVAR3) e B2W (BTOW3) subiram 3,73% e 2,99%, respectivamente, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) recuou 3,46%.

Petrobras (PETR4)  fechou em alta de 2,07%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior.

O BofA elevou a recomendação das ações para ‘neutra’, bem como o preço-alvo para 30 reais, de 29 reais.

Bradesco (BBDC4)  subiu 1,4%, com bancos sem um sinal único no Ibovespa, com Itaú Unibanco (ITUB4)  avançando 1,18%, mas Banco do Brasil (BBAS3) fechando em baixa de 0,7%.

Vale (VALE3) caiu 0,6%, com os futuros do minério de ferro na China chegando a cair mais de 6% nesta segunda-feira, após Tangshan se comprometer com cortes de emissões de 50% durante o período de maior poluição.

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