Mercados

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros

09 dez 2020, 18:12 - atualizado em 09 dez 2020, 19:01
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Na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a subir a 114.020,40 pontos (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, outra vez sem conseguir se sustentar acima dos 114 mil pontos, com o enfraquecimento em Wall Street corroborando movimentos de realização de lucros na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,7%, a 113.001,16 pontos. O volume financeiro totalizou da sessão somou 28 bilhões de reais.

Em Nova York, o S&P 500 renovou máxima intradia, mas reverteu sob pressão de ações de tecnologia e sem progressos nas negociações para mais estímulo fiscal nos Estados Unidos.

Na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a subir a 114.020,40 pontos. Foi o terceiro dia seguido que o índice superou o patamar dos 114 mil pontos durante o pregão, mas perdeu o fôlego no final. Na mínima nesta quarta, chegou a 112.566,73 pontos.

“Nada mais natural do que o mercado encontrar maior dificuldade em superar os 114 mil pontos, justamente o patamar perdido na última semana de fevereiro, que abriu caminho para a correção”, notou o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora.

Apesar de ainda não ter renovado as máximas do ano, registradas em janeiro, quando encostou em 120 mil pontos, o Ibovespa quase zerou as perdas em 2020 e acumula valorização de mais de 80% desde as mínimas de março.

“É normal que haja esse movimento de realização”, afirmou Renato Mekbekian, responsável por alocações de fundos de fundos na Kilima Gestão de Recursos.

Ele ponderou que as discussões e indefinições atreladas ao cenário fiscal brasileiro estão gerando incertezas entre investidores e que isso em alguns momentos ofusca o otimismo com as novidades sobre vacinas contra o coronavírus.

Mas ressaltou que a visão da Kilima é positiva até o final do ano. “Acreditamos em fortes fluxos de entradas como é comum no final do ano. Mas é natural que a gente tenha períodos curtos de realizações como é o caso de hoje.”

Destaques

Magazine Luiza (MGLU3) perdeu 3,89%, em sessão negativa do setor de comércio eletrônico, tendo de pano de fundo a estreia no Brasil de serviço da Amazon que oferece a vendedores de seu marketplace toda a logística de armazenagem, entrega de produtos e atendimento aos consumidores.

No ano, Magalu ainda sobe mais de 100%.

Usiminas (USIM5) Precuou 4,19%, pior desempenho do setor de mineração e siderurgia, também sofrendo com ajustes após valorização recente.

Vale (VALE3) caiu 0,24%.

Petrobras (PETR4) e Petrobras (PETR3) subiram 1,05% e 0,11%, respectivamente, em sessão na qual os preços do petróleo fecharam praticamente estáveis, com investidores avaliando um inesperado salto nos estoques da commodity nos Estados Unidos.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 0,59%, resistindo aos movimentos de realização de lucros, assim como Bradesco (BBDC4), que fechou em alta de 0,27%.

Banco do Brasil (BBAS3) recuou 1,37% e Santander Brasil (SANB11) cedeu 0,6%.

Telefonica Brasil (VIVT4) valorizou-se 2,23%.

Analistas do Bank of America iniciaram a cobertura da companhia com recomendação de compra e preço-alvo de 56 reais por ação, conforme relatório mais cedo na semana, citando forte posição competitiva em redes sem fio e potencial criação de valor do lado de aquisições envolvendo a unidade móvel da Oi.

Eztec (EZTC3) teve acréscimo de 0,82%, tendo de pano de fundo relatório do Credit Suisse com tom positivo para construtoras voltadas para a classe média, elevando o preço-alvo das mesmas e citando a EzTec como uma de suas preferidas.

Taurus (TASA4), que não está no Ibovespa, caiu 9,7%, pior desempenho do Small Caps, tendo de pano de fundo decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que zerou o imposto na importação de revólveres e pistolas, o que passa a vigorar a partir de 2021. O recuo vem após as ações subirem cerca de 200% em 2020 até a véspera.

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