Mercados

Ibovespa gravita em torno da estabilidade após dado de emprego nos EUA

04 jun 2021, 11:18 - atualizado em 04 jun 2021, 12:14
Ibovespa B3
O Ibovespa mostrava baixa de 0,18%, aos 129.334.66 pontos às 12h14 (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa brasileira gravitava em torno da estabilidade nesta sexta-feira, com investidores fazendo uma pausa nas compras de ações após sucessivas máximas, enquanto se aprofundam sobre dados de emprego dos Estados Unidos e suas possíveis consequências para a política monetária.

Alternando alta de baixa desde a abertura do pregão, o Ibovespa mostrava baixa de 0,18%, aos 129.334.66 pontos às 12h14. O giro financeiro da sessão somava 11,16 bilhões de reais.

O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o país criou 559 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em maio, ante previsão de economistas de 650 mil. Mas a taxa de desemprego caiu de 6,1% para 5,8% entre abril e maio.

Os índices de Wall Street subiam de forma robusta após a divulgação dos dados, com a percepção majoritária de que o Federal Reserve manterá a política monetária frouxa.

“O número apresenta viés negativo para as expectativas mais fortes em relação à recuperação americana”, afirmou Felipe Sichel, estrategista-chefe do modalmais, prevendo que, sem intensificação do choque inflacionário, o Fed deve manter uma postura cautelosa, começando a discutir o tapering em julho.

Por aqui, movimentos pontuais de realização de lucros, após seis altas seguidas e novas máximas históricas do Ibovespa, marcavam a sessão. Mas os investidores tampouco se dispunham a vendas mais fortes, após várias casas de análise terem elevado previsões de alta para 2021, na esteira do PIB brasileiro do primeiro trimestre, que veio acima das expectativas.

Destaques

BRF (BRFS3) cedia 4,8%. A Marfrig (MRFG3), que caía 2,2%, informou na véspera que elevou sua fatia na BRF para cerca de 31,66% do capital. Desde meados de maio até quarta, o papel da BRF acumulou alta superior a 40%.

Copel (CPLE3) retrocedia 2%, após ter também subido quase 13% nas últimas 3 semanas, na esteira de resultados do primeiro trimestre e do processo de venda de ações da companhia detidas pelo BNDES.

CSN (CSNA3) recuava 2,6%. O governo de Minas Gerais informou ter obtido na véspera liminar obrigando a companhia a adotar medidas de segurança para evitar o rompimento da Barragem da Mina de Fernandinho, na cidade de Rio Acima.

Vale (VALE3) perdia 1,7%, com o setor de metais também numa sessão negativa. Por outro lado,  Petrobras (PETR4) crescia 0,7%, acompanhando a alta global dos preços do petróleo.

Embraer (EMBR3) recuava 2,5% e era outra corrigindo parte da escalada de quase 17% desde o início de maio.

Banco Santander Brasil (SANB11) na mão contrária, subia 2,7%, liderando o bom desempenho dos grandes bancos brasileiros. Itau Unibanco (ITUB4) ganhava 1,14%, Bradesco (BBDC4) tinha recuo 0,5% e Banco do Brasil (BBAS3) evoluía 0,8%.