Mercados

Ibovespa em queda: O que esperar da bolsa brasileira, segundo 4 analistas

25 abr 2022, 10:13 - atualizado em 25 abr 2022, 10:25
B3, Ibovespa
Ativos locais devem seguir sensíveis ao exterior, com os investidores monitorando os desdobramentos do conflito na Ucrânia, dizem analistas. (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa segue em baixa na abertura do pregão desta segunda-feira (25), seguindo a tendência dos mercados globais, que recuam diante da possibilidade de um forte aperto monetário nos Estados Unidos e temores com a demanda na China.

Por volta das 10h10, o principal índice da bolsa cedia 1,15%, aos 109,7 mil pontos, depois de despencar 2,86% na sexta-feira – marcando sua maior queda em cinco meses. 

Nesta segunda, algumas praças da Europa recuam cerca de 2%, a exemplo das bolsas da Ásia, que encerraram a sessão com quedas acentuadas. O petróleo cai cerca de 3%, enquanto o minério de ferro na China teve baixa de quase 11%.

O movimento das bolsas reflete a preocupação dos investidores com a nova onda de Covid-19 na China, que poderia levar a mais medidas de restrição, e a perspectiva de um aperto monetário mais agressivo por parte do Fed.

O que esperar do pregão

Para o BB Investimentos, os ativos locais devem seguir sensíveis ao exterior, com os investidores monitorando os desdobramentos do conflito na Ucrânia, os sinais dos BCs globais, o risco de novas medidas restritivas na China, a perspectiva de um crescimento global mais fraco e a temporada de balanços corporativos.

“No front interno, a pressão por reajustes dos servidores públicos e suas implicações na esfera fiscal seguem no centro do debate”, diz. “Com a aparente redução do fluxo externo, queda das commodities e complexidade da cena externa, esperamos uma sessão com viés de cautela”.

A Commcor destaca o fechamento da curva de juros norte-americana, que apresenta queda em praticamente todos os vencimentos. “A curva de juros local merece atenção ímpar em maio à resiliência que mostrou na sexta-feira ao não disparar conforme poder-se-ia esperar dado o movimento do câmbio”.

Parte da resposta para esse movimento, diz, pode estar na percepção de que o Copom não acompanhará a guinada adicionalmente hawkish do Fed em suas sinalizações e indicar uma Selic fim de ciclo superior a 12,75% -“o que tem sido ventilado e considerado como dovish dado um menor diferencial de juros potencial no médio prazo”.

“De toda forma, isso pode ser apenas um boato e o BC estar disposto à acentuar o ritmo, se assim julgar necessário, mas por ora realmente parece haver confiança na ‘tranquilidade’ do BC em não ir além dos derradeiros +100 pontos base em maio”.

Ibovespa, segundo analistas gráficos

Em análise gráfica, o Itaú BBA destaca que o Ibovespa perdeu o importante suporte em 112,5 mil pontos, indicando que poderá continuar o movimento de baixa no médio prazo.

“As quedas recentes foram suficientes para que o índice perdesse a região dos 115,3 mil pontos e os 112,5 mil pontos, mostrando que este movimento de baixa poderá ser mais duradouro”.

O Itaú BBA avalia, em relatório assinado por Fábio Perina e Lucas Piza, que é hora de começar a pensar em posições defensivas caso este cenário se estenda.

Segundo o banco, os próximos suportes estão em 1106 mil pontos e 107,8 mil pontos. “Para retomar o otimismo, o índice terá que começar a romper as resistências deixadas nas últimas semanas”.

O primeiro patamar está em 115,4 mil pontos e a superação do nível de 117,4 mil pontos sinalizará que o mercado ganhou força para abandonar o movimento de baixa, avalia o Itaú BBA.

“Acima destas, o índice encontrará resistência em 119,3 mil pontos, antes de buscar a região dos 121,6 mil pontos”.

Para a Ágora Investimentos, os próximos dias serão decisivos para identificar a tendência de curto prazo, “pois em caso de confirmação da perda dos 111,6 mil pontos, o índice passaria a trabalhar com um viés negativo, com próximos apoios em 109,4 mil pontos e 107,7 mil pontos”.

“Já do lado de uma melhora, defendendo a base do canal de alta, o Ibovespa daria oportunidade para entrada na compra e encontraria espaço até atingir a primeira resistência que ficou marcada aos 115,9 mil pontos”, diz a corretora em relatório assinado por Maurício Camargo e equipe.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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