Bula do Mercado

Então é dezembro e Ibovespa espera pelo presente de Natal

01 dez 2022, 7:58 - atualizado em 01 dez 2022, 8:04
Ibovespa aguarda definições de nomes da equipe econômica do governo Lula como presente de Natal ((Imagem: REUTERS/Brendan Mcdermid)

O Ibovespa encerrou novembro reduzindo à metade as perdas acumuladas no mês e inicia dezembro buscando espaço para um rali de fim de ano. Apesar das palavras mágicas ditas pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, renovarem o apetite por risco lá fora,  a bolsa brasileira aguarda a definição da equipe econômica do próximo governo de presente de Natal.     

Porém, não se esperam novidades nos próximos dias. Apesar da pressão, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva só deve revelar os nomes depois que for diplomado pela Justiça Eleitoral. A cerimônia está marcada para o dia 12. 

Até lá, os ativos locais ficam à mercê da tramitação da PEC da Transição. Mas a proposta só deve ser votada no Senado da semana que vem. De qualquer forma, é praticamente certo que o texto não vai sair do Congresso como chegou. O mercado trabalha com um extrateto de R$ 150 bilhões e um prazo máximo de dois anos.  

Ainda assim, toda essa indefinição tende a arrastar os negócios locais até meados deste novo mês, quando a liquidez global já deve estar mais reduzida, diante da proximidade das festas de fim de ano. A expectativa de avanço da seleção brasileira durante a fase de mata-mata na Copa do Mundo contribui para enxugar de vez o volume financeiro nesta reta final de 2022. 

Vai ter rali de Natal?

Ou seja, o Ibovespa pode ficar sem presente de Natal neste ano. A não ser que ventos favoráveis vindos do exterior deem ao menos uma “lembrancinha” aos investidores

O otimismo de uma reabertura mais rápida da China, em meio à flexibilização da política de Covid Zero, combinado com a redução no ritmo de aumento dos juros nos Estados Unidos já neste mês, podem garantir um rali dos ativos locais no trenó do Papai Noel. 

Ainda mais depois que Powell afastou os riscos de uma recessão da economia norte-americana, mas indicou o desejo de não cortar a taxa em breve. Além disso, ele reiterou que o ciclo de aperto pode durar mais tempo, com taxa terminal um pouco mais alta do que o esperado. 

Essa indicação torna decisiva a reunião de dezembro (dias 13 e 14) do Fed. Porém, depois disso, os mercados globais devem virar a folhinha e aguardar a chegada de 2023.  

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve baixa de 0,14%; o do S&P 500 oscilava com -0,04%; enquanto o Nasdaq cedia 0,18%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) apagou a alta e estava estável, aos 31.48 pontos no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha queda de 0,55%, enquanto o da Petrobras cedia 0,26%; 

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,69%; a bolsa de Frankfurt ganhava 0,40%; a de Paris oscilava com +0,05% e a de Londres subia 0,13%;

Câmbio: o índice DXY tinha queda de 0,36%, a 105.57 pontos; o euro subia 0,18%, a US$ 1,0429; a libra subia 0,75%, a US$ 1,2149; o dólar tinha queda de 1,19% ante o iene, a 136,41 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,615%, de 3,606% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,322%, de 4,335%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 1,82%, a US$ 1.791,90 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,70%, a US$ 81,11 o barril; o do petróleo Brent avançava 0,86%, a US$ 87,48 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro negociado em Dalian (China) fechou em alta de 0,46%, a 770,50 yuans a tonelada métrica.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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