Mercados

Ibovespa (IBOV) volta a se descolar de Wall Street e fecha em alta antes de ‘Super Quarta’

20 set 2022, 17:09 - atualizado em 20 set 2022, 17:27
B3 Ibovespa 56
Ibovespa reage em tom positivo um pregão antes do anúncio de decisão do Copom e do Fed (Imagem: Facebook/B3)

Mesmo em sessão mais fraca em relação ao fechamento anterior, o Ibovespa (IBOV) conseguiu se sustentar em alta nesta terça-feira (20).

Às vésperas do anúncio de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) e do Federal Reserve (Fed), o índice brasileiro se descolou de Wall Street e fechou com ganhos de 0,62%, a 112.516,91 pontos.

Os mercados estão na expectativa de que o banco central americano elevará a taxa de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, embora altas maiores não estejam descartadas.

Ipek Ozkardeskaya, analista sênior no Swissquote Bank, diz que uma alta de 0,75 ponto percentual pode aliviar os mercados de ações, ajudando a reduzir o preço do cenário de alta de 1 ponto percentual.

O analista ressaltou, no entanto, que o tamanho de um eventual alívio (ou se haverá alívio ou não) dependerá das projeções econômicas e do “dot plot” (gráfico de pontos), que mostra estimativas de membros do Fed sobre em que ponto a taxa de juros deve estar ao fim de 2022 e nos anos seguintes.

No caso do Copom, a dúvida é se haverá ou não um novo aumento da Selic.

Marcus Labarthe, sócio da GT Capital Investimentos, acredita que as autoridades monetárias manterão os patamares atuais de 13,75%.

Mesmo nesse cenário, Labarthe indica buscar segurança na renda fixa.

“Com a perspectiva de que os juros no Brasil vão ficar altos por mais tempo, como já antecipou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e com uma taxa de juros a 13,75%, o investidor tem muito a ganhar com os ativos pós-fixados atrelados a Selic. Enquanto isso, ao investir no IPCA, também estará garantindo proteção em relação à inflação, que no ano, ainda está fora da meta”, avalia.

Maiores altas e baixas

Labarthe diz que, no mercado doméstico, o dia foi de caça às oportunidades.

O avanço das ações do setor bancário mitigou a queda dos papéis de mineradoras e siderúrgicas. A CSN (CSNA3) recuou 3,89%, figurando entre os destaques de queda do Ibovespa nesta terça. Vale (VALE3) também viu seus papéis caírem 1,43%.

A pressão nas ações de mineração e siderurgia reflete as perdas dos contratos futuros do minério de ferro negociados na China, conforme preocupações com a força da demanda chinesa voltam a aparecer no mercado.

A Ecorodovias (ECOR3) teve perdas de 4,39%, em movimento de correção após duas sessões de recuperação, que seguiram o tombo de mais de 10% na quinta passada (15), depois que a companhia venceu o leilão de concessão rodoviária do lote “Noroeste Paulista”.

Bradesco (BBDC3) e Itaú Unibanco (ITUB4) avançaram mais de 3%, contribuindo para a trajetória positiva do Ibovespa.

A Petrobras (PETR4) caiu 0,58% com a queda dos preços do petróleo. A companhia anunciou o início da fase vinculante da venda de 40% em concessões localizadas em águas profundas na Bacia Potiguar.

E a Rossi (RSID3), que não faz parte do Ibovespa, desabou 10,79% após entrar com pedido de recuperação judicial.

Com informações da Reuters.

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Sete dias por semana e nas 24 horas do dia, você terá acesso aos assuntos mais importantes e comentados do momento. E ainda melhor, um conteúdo multimídia com imagens, vídeos e muita interatividade, como: o resumo das principais notícias do dia no Minuto Money Times, o Money Times Responde, em que nossos jornalistas tiram dúvidas sobre investimentos e tendências do mercado, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.