Mercados

Ibovespa (IBOV) chega a maior patamar desde abril de 2022 em dia de Copom; PETR4 dispara

21 jun 2023, 17:23 - atualizado em 21 jun 2023, 17:33
Ibovespa, Mercados, B3
Ibovespa atinge maior patamar desde abril de 2022 nesta quarta-feira (21) de Copom (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) acelerou para a marca dos 120 mil pontos nesta quarta-feira (21) de expectativa pela decisão da Selic. Referência para a Bolsa brasileira, o índice avançou 0,67%, a 120.420,26 pontos.

Com isso, o Ibovespa renova máximas do ano. O patamar atingido na sessão também é o maior desde abril do ano passado.

Além da expectativa pelo comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, o mercado repercutiu a aprovação da proposta do novo arcabouço fiscal, que substituirá o teto de gastos, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, com algumas mudanças no texto. Devido às alterações, o arcabouço voltará para a Câmara dos Deputados.

A comissão aprovou o texto principal, mas rejeitou duas emendas que propunham realizar mudanças ao parecer elaborado pelo senador Omar Aziz (PSD).

No exterior, as atenções se voltaram para o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), ao Congresso dos Estados Unidos.

O chefe do banco central norte-americano reforçou o compromisso da autoridade monetária com a convergência da inflação a 2% por ano. Powell enfatizou que ainda existe um “longo caminho pela frente” para controlar a inflação do país, reforçando a ideia de que novas altas de juros devem aparecer no futuro.

“Quase todos os membros do Fomc esperam que seja apropriado novas altas em algum momento deste ano”, diz documento preparado para esta quarta.

Em Wall Street, os principais índices fecharam no negativo.

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Selic vai cair?

A expectativa maior é pela manutenção da taxa básica de juros brasileira em 13,75% ao ano na decisão desta quarta. Vale lembrar que a Selic está estacionada neste patamar desde agosto do ano passado, após mais de um ano de aperto monetário.

O teor do comunicado é o que o mercado espera ver. Investidores acreditam que o Copom sinalizará o início da trajetória de corte da Selic a partir da próxima reunião, em agosto. Acredita-se que o Banco Central pode confirmar uma redução de 0,25 ponto percentual nos juros do país.

Na avaliação de Rafael Passos, analista da Ajax Capital, a queda dos juros longos, a desaceleração da inflação, a percepção de eficácia do trabalho do BC e a melhora nas expectativas de inflação criarão um ambiente propício para que a Selic seja reduzida à frente.

Há, no entanto, riscos de cortes menores (ou até mesmo a manutenção da Selic) devido a eventuais problemas no Congresso em relação à votação da nova regra fiscal e ao avanço da reforma tributária.

Altas e baixas

A Petrobras (PETR4) disparou 4,19%, amparada pela alta do petróleo e elevações de recomendação de grandes bancos, como Goldman Sachs e JPMorgan.

Por outro lado, a Vale (VALE3) recuou 1,01%, refletindo novas quedas do minério de ferro na Ásia.

Os bancos tiveram um pregão positivo, o que contribuiu para dar suporte ao Ibovespa.

Mas foi a Natura (NTCO3) que disparou 7,53%, seguida de Prio (PRIO3), com ganhos de 6,94%. O IRB (IRBR3) avançou 5,78%, após o Santander elevar o preço-alvo das ações a R$ 43 – embora a recomendação “neutro” tenha sido reiterada.

A Yduqs (YDUQ3) também subiu com o Bank of America (BofA) elevando a recomendação e o preço-alvo.

Nas maiores baixas do dia, Embraer (EMBR3) tombou 7,42%. Notícias de novos acordos não conseguiram animar o mercado em relação ao papel.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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