Mercados

Ibovespa (IBOV) termina pregão pós-Copom em alta firme, acima dos 105 mil pontos

04 ago 2022, 17:08 - atualizado em 04 ago 2022, 18:16
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
O dia foi marcado pelo repercute da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa (IBOV) terminou esta quinta-feira (4) em forte alta, com o mercado avaliando a possibilidade do fim do ciclo de elevação de juros no Brasil.

O índice de referência da B3 (B3SA3) fechou em disparada de 2,04%, a 105.892,22 pontos – maior patamar desde junho. Na máxima do pregão, o Ibovespa chegou a superar os 106 mil pontos.

O dia foi marcado pelo repercute da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ontem à noite, o Copom elevou a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, a 13,75%.

Mas, diferente do que o mercado pensava, o BC sinalizou, em comunicado, que o ciclo de aperto monetário pode se manter na próxima reunião.

O BC disse que “o Comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião”. O anúncio abre espaço para um novo ajuste de 0,25 ponto percentual ou 0,5 ponto percentual.

Embora parte do mercado esperasse que o fim do ciclo de elevação de juros fosse anunciado ontem à noite, a expectativa de que o ciclo de aperto monetário está chegando ao fim é dominante.

Segundo o BTG Pactual (BPAC11), o BC deve encerrar as altas da Selic em 14%, com o reajuste do próximo mês vindo em 0,25 ponto percentual.

“Por ora, descartamos ações do Copom em outubro, tanto pela atual comunicação quanto pelo contexto entre 1º e 2º turno das eleições”, diz o banco, em relatório.

O banco ainda afirma que o BC deixa clara a vontade de encerrar o ciclo em 13,75%, mas o cenário adverso não facilitará a tarefa.

Varejistas, construtoras, empresas de tecnologia e construção civil deram o impulso que o Ibovespa precisava para fechar em campo positivo. Petrobras (PETR3;PETR4) e bancos também terminaram a sessão no positivo, dando gás ao índice.

Nos mercados internacionais, o Federal Reserve não deu indícios de que deve encerrar em breve o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos – muito menos de que começará a cortar os juros no ano que vem.

Wall Street teve um dia fraco, com os principais índices fechando o dia sem rumo certo. S&P 500 e Dow Jones caíram 0,08% e 0,26%, respectivamente, enquanto Nasdaq, que contou com o apoio das ações do Mercado Livre, subiu 0,41%.

Os mercados seguem de olho nos movimentos da China sobre Taiwan após a visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, à ilha. Investidores também digeriram os dados de novos pedidos de auxílio-desemprego no país, que subiram na semana passada, a 260 mil.

Economistas consultados pela Reuters previam 259.000 pedidos para a última semana.

O dólar quebrou a sequência de quatro pregões de alta e fechou em queda de 1,05%, a R$ 5,2228 na venda, maior desvalorização desde 28 de julho.

Money Times é Top 8 em Investimentos!

Se você conta com as notícias do portal para se manter sempre bem-informado sobre tudo o que acontece no mundo dos investimentos, vote e ajude o Money Times a se tornar o melhor site de investimentos do BrasilClique aqui e deixe seu voto!

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Leia mais sobre: