Mercados

Ibovespa sobe 1,18% e se aproxima de 112 mil pontos; Cielo (CIEL3) e Magalu (MGLU3) disparam

26 maio 2022, 17:04 - atualizado em 26 maio 2022, 18:32
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Ibovespa conseguiu ultrapassar os 112 mil pontos com ajuda de Wall Street, que disparou mais de 2% (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa (IBOV) encerrou a sessão desta quinta-feira (26) em alta de 1,18%, a 111.889,88 pontos.

Os mercados digerem o número do PIB americano. Dados  do BEA (Bureau of Economic Analysis) mostraram que os Estados Unidos retraíram 1,5% no primeiro trimestre de 2022, abaixo das expectativas do mercado, de 1,3%. A primeira estimativa do dado apontava para uma queda de 1,4%.

“O PIB dos EUA dá uma sensação no mercado de que talvez eles não subam tanto os juros”, diz Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, argumentando uma economia menos robusta evitaria que o banco central do país subisse as taxas mais rapidamente.

Para ele, os dados corroboraram a visão do mercado, após a ata da última reunião de do Federal Reserve (Fed) apontar para prováveis elevações em 0,5 ponto percentual nos juros nas próximas reuniões, ante temores de ritmo acelerado.

Felipe Vella, analista de renda variável da Ativa, afirmou que “qualquer dado que corrobore visão de que os EUA não vão ter que subir juros fortemente anima o mercado”, mas ponderou que “é muito difícil o Fed conseguir trazer a inflação para meta sem trazer os juros (reais) ao terreno restritivo”.

Os principais índices em Wall Street subiram entre 1,6% e 2,7%, diante de resultados positivos de varejistas.

Os analistas também citaram o impacto na B3 da queda dos principais contratos de juros locais, diante de fatores externos e da aprovação na Câmara dos Deputados de projeto que limita a alíquota do ICMS sobre alguns setores, o que deve ajudar na desaceleração da inflação.

O movimento nos juros beneficia especialmente empresas ligadas à economia doméstica.

Mesmo com a queda do minério de ferro, a Vale (VALE3) conseguiu estável. Petrobras (PETR3) e bancos também subiram.

Entre os destaques, Magazine Luiza (MGLU3) saltou quase 10%. Em relatório publicado nesta semana, o Safra afirmou que a companhia é a melhor do setor de e-commerce.

Cielo (CIEL3) também disparou após o JPMorgan elevar a recomendação para compra. Os analistas esperam que, nos próximos seis a doze meses, o papel supere a média de retorno das ações na cobertura.

Veja o que mexeu com o Ibovespa

PIB nos EUA

Em relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio confirmou a contração da economia no primeiro trimestre sob o peso de um déficit comercial recorde e de um ritmo ligeiramente mais lento de acúmulo de estoques em comparação com o quarto trimestre

O Produto Interno Bruto caiu a uma taxa anualizada de 1,5% no último trimestre, disse o governo em sua segunda estimativa do PIB. O resultado foi revisado para baixo em relação ao ritmo de queda de 1,4% relatado em abril. A economia cresceu a um ritmo robusto de 6,9% no quarto trimestre.

Destaques

CIELO ON disparou 11,3%, maior alta desde fevereiro, após analistas do JPMorgan elevarem a recomendação do papel para “overweight”.

MAGAZINE LUIZA ON saltou 9,7%, ganho mais intenso em cerca de um mês. O papel, que recua mais de 43% no ano, subiu em três das últimas quatro sessões.

ENERGISA (ENGI11) cedeu 2,9% e TAESA (TAEE11) perdeu 2,8%, em dia negativo do setor de energia elétrica. ELETROBRAS PNB (ELET6) caiu 2,5% e ainda que em meio a notícias sobre sua capitalização. A estatal lançará sua oferta de ações para privatização na quinta-feira, publicou o Valor, citando fontes, com precificação prevista para 9 de junho.

PETROBRAS PN subiu 0,3%, com preço do petróleo Brent mostrando incremento de 3%, para o maior patamar desde 25 de março, em meio a preocupações com a oferta. O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que tem direito a trocar toda a diretoria da estatal e que as mudanças devem ser feitas em breve.

VALE ON caiu 0,1%, após os futuros do minério de ferro em Dalian recuando 0,8% com indícios de desaceleração econômica na China. Siderúrgicas fecharam sem direção única.

HAPVIDA (HAPV3) aumentou 5,2%, SULAMÉRICA (SULA11) cresceu 5,4% e QUALICORP ON (QUAL3) ganhou 2,7%. A ANS, autarquia que regula o setor de saúde suplementar, anunciou nesta tarde reajuste de até 15,5% para os planos de saúde, maior alta em mais de 20 anos, em linha com expectativa do mercado.

ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) evoluiu 1,3%, mas BANCO DO BRASIL (BBAS3) cedeu 0,3%, em dia misto para grandes bancos. Também no setor financeiro, B3 ON (B3SA3) teve alta de 4,2%.

MRV ON (MRVE3) ganhou 6,4%, em sessão positiva para construtoras, após a ampliação dos subsídios do programa de financiamento de imóveis Casa Verde e Amarela. TENDA (TEND3)  expandiu 6,6%, DIRECIONAL ON (DIRR3) valorizou-se 7%, CURY ON (CURY3) apontou acréscimo de 5,5% e PLANO & PLANO ON exibiu alta de 7,2%.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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