Mercados

Ibovespa (IBOV) em 114 mil pontos: Trégua dura pouco e índice volta a fechar no vermelho

21 ago 2023, 17:17 - atualizado em 21 ago 2023, 17:38
Ibovespa
Após “respiro” do pregão anterior, Ibovespa volta a cair nesta segunda-feira (21) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) voltou a cair nesta segunda-feira (21), após o “respiro” que teve na última sexta, quando quebrou a sequência histórica de 13 quedas. Referência na Bolsa brasileira, o índice enfrentou um pregão pressionado por um movimento mais fraco que o esperado da China em relação aos juros e com um cenário doméstico voltado às discussões sobre a nova regra fiscal no Congresso.

O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,85%, a 114.429,35 pontos.

O banco central chinês anunciou um novo corte nos juros, com redução da taxa de um ano em meio a esforços para estimular a demanda por crédito no país. O banco central chinês manteve, por outro lado, a taxa de cinco anos inalterada.

A taxa de empréstimo primária de um ano (LPR) caiu para 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos permaneceu em 4,20%.

Agentes financeiros locais também avaliaram a nova edição do Boletim Focus, que trouxe uma piora nas projeções para a inflação, ao mesmo tempo que seguiram monitorando as chances de novas altas no juro norte-americano.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, diz que a imprevisibilidade quanto às próximas decisões sobre os juros dos Estados Unidos tem gerado medo no mercado, que está em compasso de espera pela presença de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), em Jackson Hole.

Na avaliação de Cohen, o Ibovespa ainda tem espaço para cair pelo menos mais 2-3%, até a região dos 113 mil pontos.

“Aí, depois sim, por questão técnica, o Ibovespa tem chance de voltar a subir. […] Quando começar a subir, na minha opinião, pode reverter tendência, porque graficamente estamos numa figura de reversão ou alargamento”, comenta.

Focus

Economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram suas projeções para a inflação após 13 semanas de queda ou manutenção.

As estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passaram de 4,84% para 4,90% ao fim de 2023.

Para 2024, 2025 e 2026, as projeções permanecem em 3,86%, 3,50% e 3,50%, respectivamente.

Altas e baixas

Os papéis da Petrobras (PETR4) apresentaram recuo de 0,70% hoje, indo na contramão do movimento de alta do petróleo no exterior.

A Vale (VALE3) andou de lado, apesar da valorização do minério de ferro na Ásia para máximas em três semanas.

Os bancos tiveram uma sessão fraca e contribuíram para a baixa do Ibovespa.

Destaque de queda, o IRB (IRBR3) despencou 9,24%, cravando o terceiro pregão seguido no negativo. Enquanto isso, Petz (PETZ3) subiu 2,45% e liderou as altas do índice.

A Porto (PSSA3) perdeu 3,34% após o JPMorgan cortar a recomendação das ações para “neutra”, com preço-alvo de R$ 32 ao fim de 2024.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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