Mercados

Ibovespa (IBOV) desaba e perde os 130 mil pontos; juros futuros engatam forte alta

16 jan 2024, 18:13 - atualizado em 16 jan 2024, 18:30
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Ibovespa sofre forte revés nesta terça-feira (16), seguindo mercados globais (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) perdeu os 130 mil pontos nesta terça-feira (16), em dia de queda para os mercados de ações ao redor do mundo. O índice, que é referência na bolsa brasileira, despencou 1,69%, aos 129.463,58 pontos.

Agentes financeiros seguem calibrando suas apostas em relação ao início do ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos. Hoje, falas do diretor do Federal Reserve Christopher Waller foram digeridas pelos investidores.

Waller afirmou que o momento dos cortes neste ano dependerá das deliberações do painel de definição de política monetária do Fed. No entanto, o diretor do banco central americano sinalizou que isso não deve começar até que os dirigentes estejam “relativamente convencidos” de que a inflação estava sustentavelmente próxima da meta de 2%.

Waller destacou que o Fed tem flexibilidade para ser “metódico” e “cuidadoso”. De acordo com o diretor, a pior coisa seria começar a cortar os juros e depois ter de reverter o curso de flexibilização.

As falas de Waller chegam após comentários igualmente cautelosos de autoridades monetárias europeias.

Ontem, o presidente do banco central da Alemanha, Joachim Nagel, comentou que é muito cedo para o Banco Central Europeu (BCE) discutir um corte dos juros. Já o economista-chefe do BCE, Philip Lane, disse que um corte prematuro de juros poderia alimentar uma nova onda de inflação.

O efeito dos últimos comentários foi uma forte alta das taxas futuras de juros. Nesta terça, as taxas dos DIs reagiram ao avanço dos rendimentos dos Treasuries, subindo quase 20 pontos-base em alguns vencimentos.

O dólar também subiu bem na sessão, engatando uma valorização de 1,23%, cotado a R$ 4,9268 na venda.

VALE3 volta a cair e RAIZ4 lidera perdas

Nesta terça, poucas ações fecharam em alta. Por isso, os destaques do Ibovespa foram negativos, com ênfase no desempenho ruim das blue chips.

Vale (VALE3) terminou o dia com perdas de 1,30%, seguindo a fraqueza dos preços do minério de ferro. Na Bolsa de Dalian, na China, os contratos futuros da commodity cravaram a oitava sessão consecutiva de queda, levando o preço por tonelada de volta aos US$ 130.

Petrobras (PETR4) recuou 1,24%, de olho no mercado do petróleo. Colocando mais peso sobre o Ibovespa, os bancos caíram em bloco.

Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) tombaram mais de 5% cada. A Raízen divulgou hoje mais cedo a prévia operacional do terceiro trimestre do ano-safra 2023/24.

Em nova sessão, as aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) voltaram a cair. Ações ligadas ao consumo, devido à pressão dos juros, também marcaram derrotas na bolsa.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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