Mercados

Sob peso de Petrobras (PETR4), Ibovespa (IBOV) quebra sequência de altas

08 nov 2023, 18:16 - atualizado em 08 nov 2023, 18:32
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Ibovespa quebra sequência de altas (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou o pregão volátil desta quarta-feira (8) em queda, tendo no radar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária no plenário do Senado.

Referência na Bolsa brasileira, o índice, em movimento de realização de lucros, teve perdas de 0,08%, a 119.176,67 pontos, quebrando a sequência de altas que vinha mantendo nos últimos cinco pregões.

Ontem, o texto principal da proposta da reforma tributária foi aprovada por 20 votos a seis pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado com alterações no parecer para acatar emendas de parlamentares.

A proposta tem como principais pontos a neutralidade sob adoção de um limite para o crescimento da carga tributária e a simplificação do novo sistema, segundo o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto.

Antes de submeter a proposta à CCJ, Braga realizou ajustes no texto para acatar emendas de parlamentares, incluindo exceções e tratamentos especiais na tentativa de obter apoio.

A PEC altera o sistema tributário nacional ao propor a unificação de impostos e uma “trava” ao crescimento da carga tributária atrelada à variação do Produto Interno Bruto (PIB). Dessa forma, o texto propõe a proibição de aumento de carga caso não houver crescimento do indicador.

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Mercado difere agenda econômica cheia

Esta quarta foi agitada pelos indicadores econômicos no Brasil, com destaque para o Índice de Vendas no Varejo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador saiu de uma queda de 0,1% em agosto para um crescimento de 0,6% em setembro, com ajuste sazonal.

Enquanto isso, o Índice de Produção Industrial, também apurado pelo IBGE, apresentou leve alta de 0,1% em setembro na série com ajuste sazonal. Porém, dos 15 locais pesquisados, apenas cinco registraram taxas positivas.

E o Banco Central informou hoje que o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 18,071 bilhões em setembro, contra expectativa de saldo positivo de R$ 4,26 bilhões dos economistas ouvidos pela Reuters.

Balanços movem a Bolsa

A temporada de resultados do terceiro trimestre acelerou o ritmo. Investidores repercutiram nesta quarta os números das empresas que soltaram relatório na noite passada.

Destaque para Totvs (TOTS3), que disparou 5,65%, e Dexco (DXCO3), cujas ações despencaram 12,19% na sessão de hoje.

Arezzo (ARZZ3), que apresentou lucro líquido recorrente de R$ 107,1 milhões entre julho e setembro deste ano, tombou 4,70%.

Enquanto isso, o BTG Pactual (BPAC11) subiu 2,37%, após registrar salto de 19% no lucro do período, a R$ 2,7 bilhões.

Casas Bahia (BHIA3) chegou a disparar na abertura da sessão, mas fechou no zero a zero. A companhia, que divulga seus resultados daqui a pouco, anunciou pela manhã que a estruturação de fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) busca uma captação inicial de R$ 600 milhões.

O Magazine Luiza (MGLU3) terminou com valorização de 0,56%, sem sofrer pressão das taxas de juros, que acompanharam os Treasuries nos Estados Unidos.

Petrobras (PETR4) caiu 2,15%, seguindo o movimento baixista do petróleo. Vale (VALE3) teve sessão fraca e fechou em leve alta de 0,07%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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