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Ibovespa hoje: Mercado local tem dinâmica própria, em dia de ata do Copom e IPCA

09 ago 2022, 7:55 - atualizado em 09 ago 2022, 7:55
Ações, Ibovespa, Mercados, B3, XP Investimentos
Ibovespa deve continuar vivendo dinâmica própria, em dia de IPCA e ata do Copom, enquanto exterior aguarda inflação nos EUA, amanhã (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa deve continuar vivendo sua dinâmica própria nesta terça-feira (9), um dia depois de ter se descolado dos mercados internacionais, retomado os 108 mil pontos. Lá fora, os investidores estendem mais um dia de cautela, diante da agenda vazia e à espera dos números da inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI), amanhã.

Por aqui, a agenda econômica do dia está cheia de divulgações importantes, que devem testar o fôlego de alta dos ativos locais, podendo confirmar os ganhos recentes ou provocar volatilidade nos negócios. Afinal, desde a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre o fim do ciclo de alta da Selic, o Ibovespa ganhou tração, ajudado pelo alívio da pressão no dólar e nos juros futuros.

Com isso, merece atenção hoje a ata da reunião da semana passada do Copom. O documento sai logo cedo (8h) e deve dar pistas sobre a necessidade de um “ajuste residual, de menor magnitude” no juro básico ainda em setembro.

Os números do IPCA, que saem na sequência (9h), devem calibrar as apostas sobre o fim do ciclo de alta da Selic. A previsão é de queda no índice oficial de preços, pela décima quinta vez desde o início do Plano Real, sendo a maior desde 1994. Ainda assim, a trajetória de queda tende a ser temporária.

Além disso, a temporada de balanços continua agitando o Ibovespa. Divulgado ontem à noite, o resultado do Itaú mostrou que o maior banco privado do país “sabe navegar pelo risco-Brasil como poucos”. A safra com boas colheitas tende a ajudar a manter a sustentação na bolsa local.

CPI calibra Fed

No exterior, o dia começou misto ainda na Ásia. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam na linha d’água, assim como as praças europeias, à medida que o CPI nos EUA se aproxima. Afinal, os dados de empregos (payroll) surpreendentemente fortes da última sexta-feira (5) forneceram espaço para novas altas na taxa de juros pelo Federal Reserve.

E os números do CPI, amanhã, devem enfatizar que, de fato, ainda há um trabalho a ser feito pelo Fed no combate à inflação. A dúvida é em relação à necessidade de apertos mais agressivos, à dose de 0,75 ponto porcentual (pp). Também resta saber quanto à duração desse ciclo de altas.

Embora o Fed ainda esteja “longe de terminar”, talvez caiba um aumento menor, de 0,50 pp em setembro, reduzindo o ritmo. Contudo, aumentos de tamanho semelhante as duas últimas altas de 0,75 pp devem permanecer na mesa até que haja sinais consistentes de queda da inflação.

Portanto, tudo vai depender do CPI, amanhã. Até porque, a inversão da curva de juros nos EUA, que costuma antecipar cenários de recessão, continua a chamar a atenção.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha leve baixa de 0,02%; o do S&P 500 recuava 0,20%; e o do Nasdaq caía 0,58%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 0,52%; a bolsa de Frankfurt caía 0,87%; a de Londres oscilava com +0,01% e a de Paris cedia 0,31%.

Câmbio: o DXY caía 0,28%, a 106.14 pontos; o euro tinha alta de 0,34%, a US$ 1,0231; a libra subia 0,24%, a US$ 1,2107; o dólar tinha queda de 0,10% ante o iene, a 134,89 ienes.

Treasuries: o juro da T-note de dez anos caía a 2,800%, de 2,758% na sessão anterior.

Commodities: o futuro do ouro tinha leve alta de 0,07%, a US$ 1.806,200 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI subia 0,96%, a US$ 91,62 o barril, na Nymex.

*Colaborou Lucas Simões.

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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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