Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) deve buscar barganhas hoje, sob influência de ruídos em Brasília

16 dez 2022, 8:17 - atualizado em 16 dez 2022, 8:25
Ações, Ibovespa, Mercados, B3, XP Investimentos
Ibovespa vive dinâmica própria sob influência do noticiário político e monitora negociações em Brasília em meio à PEC da Transição e ao orçamento secreto (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Não é de hoje que o Ibovespa tem vivido uma dinâmica própria. E esta sexta-feira (16) não deve ser diferente. Enquanto os mercados globais ecoam a mensagem dura (“hawkish”) do Federal Reserve nesta semana; aqui, é a política que vem agitando o pregão doméstico. 

Como resultado, lá fora os investidores sentem o ambiente mais pesado e buscam espaço para respirar. Mas a perspectiva de juros mais altos e por mais tempo nos Estados Unidos inibe qualquer alívio entre os ativos. Ainda mais, em meio aos riscos de recessão.  

Já no Brasil, o impasse em torno da PEC da Transição na Câmara agrada os mercados domésticos. O adiamento da votação para terça-feira da semana que vem pode ampliar a recuperação do Ibovespa hoje, respingando também no dólar

Ontem, os ruídos em Brasília influenciaram positivamente os negócios locais. A leitura do investidor é de que os deputados podem evitar gastos maiores pelo novo governo. Mas o que está em jogo mesmo é a votação do orçamento secreto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Ibovespa busca por barganhas

Coincidência ou não, a votação da PEC pelos deputados ficou para depois da conclusão do julgamento sobre a constitucionalidade do esquema no Legislativo. Por ora, o placar na Corte Suprema está em cinco a quatro pela ilegalidade. Faltam apenas dois votos.  

Em reação, o Congresso colocou em pauta para hoje a apreciação em sessão conjunta do projeto de resolução para manter as emendas do relator. Porém, o orçamento secreto não é a única exigência do Centrão para apoiar a PEC e o governo eleito. 

Encampado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, o bloco de partidos políticos quer também alguns ministérios e indicações de cargos em empresas públicas. Afinal, não restam dúvidas do porquê a lei das estatais teve uma aprovação-relâmpago.

Com tantos rumores correndo soltos na capital federal, os investidores podem fazer o mesmo que os deputados e buscar barganhas no Ibovespa. Até porque os tombos recentes favorecem alguma “lembrancinha” de Natal nesta reta final de ano. 

Confira o desempenho dos mercados financeiros por volta das 8h05:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha queda de 1,26%; o do S&P 500 caía 1,39%; enquanto o Nasdaq recuava 1,12%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) caía 1,33% no pré-mercado; nos ADRs, o da Petrobras tinha queda de 1,06%, enquanto o da Vale cedia 1,59%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 1,19%; a bolsa de Frankfurt caía 1,07%; a de Paris perdia 1,40% e a de Londres tinha queda de 1,19%;

Câmbio: o índice DXY tinha leve alta de 0,04%, a 104.59 pontos; o euro oscilava com -0,05%, a US$ 1,0623; a libra subia 0,06%, a US$ 1,2188; o dólar tinha queda de 0,51% ante o iene, a 137,07 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,490%, de 3,448% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,250%, de 4,259%, na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro subia 0,15%, a US$ 1.790,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI tombava 2,64%, a US$ 74,10 o barril; o do petróleo Brent derretia 2,65%, a US$ 79,06 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em alta de 0,86%, a 824 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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