Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) inicia pregão hoje de mal com o relógio

15 mar 2023, 8:16 - atualizado em 15 mar 2023, 8:32
Ibovespa inicia pregão contando as horas para a chegada da “Super Quarta” deste mês e refém da volatilidade após colapso do SVB (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) inicia a quarta-feira (15) contando as horas para a chegada da “Super Quarta” deste mês, daqui a uma semana. Até lá, o pregão na bolsa brasileira deve ser arrastado, com o relógio de mal com os investidores.

O dia de desfecho da reunião de março do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) é aguardado não por causa da decisão de juros em si, mas sim pelo que está por vir. De um lado, espera-se por uma pausa do Fed no ciclo de aperto, após o colapso do SVB.

Ainda assim, não se descarta um novo aumento residual de 0,25 ponto percentual (pp) nos juros dos Estados Unidos neste mês. De outro, é grande a expectativa pelo comunicado do Copom, que deve sinalizar o início de cortes na taxa Selic em breve. Detalhes adicionais podem estar na ata do encontro, na semana seguinte. 

Ibovespa refém da volatilidade

Enquanto aguardam, os mercados devem operar em compasso de espera, sem uma dinâmica definida. Qualquer tentativa de recuperação dos ativos de risco se esbarra em um ambiente de elevada volatilidade.

Tanto que, de uma hora para outra, os índices futuros das bolsas de Nova York passaram a imprimir fortes perdas nesta manhã, de mais de 1%. O desempenho reflete a piora das bolsas europeias, em meio aos riscos de contágio nos bancos, com o Credit Suisse reacendendo a angústia do setor.

Aliás, a região aguarda a decisão do Banco Central Europeu (BCE), amanhã. Quem sabe a presidente Christine Lagarde não seja a primeira a sinalizar uma interrupção na subida dos juros, afastando o risco de aperto da taxa até 4%?

Nem mesmo os dados da China devem animar os negócios hoje. Afinal, apesar da retomada firme da atividade no início deste ano após a reabertura da covid-19, essa melhora pode estar com os dias contados

Com isso, o investidor deve redobrar a postura defensiva e pode aproveitar a brecha para acertar as contas com o leão. Afinal, começa hoje (9h) o prazo para declaração do Imposto de Renda. Apesar de ser leal e manso, o leão impõe respeito e pode atacar. Portanto, melhor nem tentar enganar esse animal que representa o tributo

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h05:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 1,70%; o do S&P 500 recuava 1,76% e o Nasdaq tinha queda de 1,59%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) perdia 1,61% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale tombavam 2,45%, enquanto os da Petrobras caíam 0,68%

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 despencava 2,81%; a bolsa de Frankfurt caía 2,99%, a de Paris tombava 3,48% e a de Londres desabava 2,46%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em leve alta de 0,03%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,52% e a Bolsa de Xangai avançou 0,55%;

Câmbio: o índice DXY tinha alta de 0,78%, 104.41 pontos; o euro cedia 1,06%, a US$ 1,0619; a libra derretia 0,76%, a US$ 1,2067; o dólar tinha queda de 0,36% ante o iene, a 133,74 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,559%, de 3,690% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,079%, de 4,250% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha alta de 0,10%, a US$ 1.912,20 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,78%, a US$ 70,08 o barril; o do petróleo Brent cedia 1,65%, a US$ 76,17 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou em leve alta de 0,16% em Dalian (China), a 928 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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