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Ibovespa (IBOV) pode subir 6% e chegar a 118 mil pontos em junho, dizem analistas

31 maio 2022, 20:31 - atualizado em 13 jun 2022, 9:38
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Bolsa pode subir 6% em junho, mas analistas esperam um mês volátil e pedem cautela para o investidor (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) pode subir 5,97% e chegar aos 118 mil pontos em junho, disseram analistas ouvidos pelo Money Times nesta terça-feira (31). Em maio, o principal indicador da Bolsa de Valores brasileira subiu 3,2%.

Segundo a analista da Mirae Asset, Pedro Galdi, a alta do mês aconteceu após uma forte entrada de capital estrangeiro depois do dia 10 maio.

“No começo do mês a Bolsa estava caindo, mas depois o quadro foi revertido e a recuperação foi puxada por bancos, saúde e Eletrobras (ELET3;ELET6)”, explica.

Para junho, o analista da Mirae acredita que o Ibovespa pode chegar a 118 mil pontos, mas não descarta que essa é apenas uma “mera projeção”.

“Não duvido que o Ibovespa pode chegar nesse patamar em junho e terminar 2022 a 130 mil pontos, mas o investidor deve entender que quanto mais próximo da eleição, mais volátil será o mercado”, explica.

Por isso, Galdi comenta que junho será um mês mais volátil do que maio e que tudo pode ir por água a baixo se o Federal Reserve, Banco Central dos EUA,  decidir ser mais duro com a alta do juros, pois isso tende a gerar uma fuga de capital estrangeiro.

“Temos que lembrar também que os papéis de estatais tendem a sofrer cada vez mais que nós nos aproximamos da eleição, o mercado ainda está com uma certa maturidade com as eleições, mas isso pode acabar à medida que nos aproximamos de outubro”, detalha.

Juros no Brasil, China e commodities também podem ajudar Ibovespa

O analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, também acredita que o Ibovespa possa chegar aos 118 mil pontos. No entanto, para o índice chegar nesse patamar, ele acredita que alguns fatores devem acontecer.

O primeiro deles seria definição do Banco Central brasileiro sobre a alta de juros, que tende a subir para 13,25%, mas isso não é o que ele considera o mais importante.

“A alta de juros agora em junho já é esperada, o que vai influenciar é se a autoridade monetária vai finalizar a disparada da Selic ou se o aperto monetário vai continuar. Isso é muito importante para empresas do varejo e construção, pois elas demandam um cenário de crédito e precisam de mais estímulos”, afirma.

O especialista relata também que a alta das commodities, principalmente do petróleo, deve continuar em junho, especialmente após as novas sanções impostas pela União Europeia contra a Rússia.

“Por isso, ativos ligados a esse setor tendem a operar em patamares de ganhos, inclusive a Petrobras (PETR4), caso os fatores políticos não pesem sobre a estatal”, explica Chinchila.

O analista da Terra comenta ainda que uma reabertura econômica na China pode ser muito positiva para o setor de mineração e siderurgia, visto que a China é o maior consumidor global dessas commodities.

Sendo assim, ele estima que as ações da Vale (VALE3) e demais companhias da siderurgia podem se “dar muito bem com isso”.

“No geral, minha expectativa para junho é de um mês de muita volatilidade, mas com um tom positivo para o mercado”, conclui Chinchila.

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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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