Mercados

Ibovespa perde fôlego e fecha quase estável após renovar recorde intradia

06 jan 2021, 18:14 - atualizado em 06 jan 2021, 19:06
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O volume financeiro na sessão somava 37,75 bilhões de reais (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, mais uma vez sem conseguir renovar pontuação recorde de fechamento, com tumultos no Congresso dos EUA reduzindo os ganhos em Wall Street e abrindo espaço para realização de lucros na bolsa paulista.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em queda de 0,23%, a 119.100,08 pontos. O volume financeiro da sessão somou 40 bilhões de reais.

No melhor momento, chegou a 120.924,32 pontos, renovando a máxima intradia registrada na segunda-feira, quando alcançou 120.353,81 pontos. O recorde de fechamento é de 119.527,63 pontos, alcançado em 23 de janeiro do ano passado.

Em relatório nesta quarta-feira, estrategistas para América Latina do Bank of America elevaram a alocação ‘overweight’ em ações cíclicas, enquanto mantiveram Brasil com ‘overweight’ no portfólio para a região.

Nos EUA, o Dow Jones e o S&P 500 renovaram recordes com a perspectiva de Senado norte-americano de maioria democrata endossando apostas de mais estímulos fiscais e gastos em infraestrutura.

Após o fechamento dos mercados, foi oficializada a vitória do Partido Democrata para dois assentos do Senado da Georgia, dando ao partido o controle do Congresso e o poder de promover a agenda do presidente eleito Joe Biden.

Mas as bolsas em Nova York reduziram os ganhos em meio a protestos contra a vitória Biden, com manifestantes favoráveis ao presidente Donald Trump invadindo o prédio do Congresso.

O Senado e a Câmara, que estavam avaliando objeções à vitória do democrata, interromperam o debate de forma. O S&P 500 chegou aos 3.783,04 pontos na máxima, alta de 1,5%, mas fechou a 3.748,14 pontos (+0,57%).

Destaques

Vale (VALE3) avançou 2,81%, mais uma vez beneficiada pela alta dos preços do minério de ferro na China, enquanto o governo de Minas Gerais afirmou à Reuters que espera fechar um acordo superior a 28 bilhões de reais com a mineradora para reparações pelo desastre de Brumadinho, que deixou centenas de mortos em janeiro de 2019.

Gerdau (GGBR4) subiu 4,95%, em sessão positiva para ações de mineração e siderurgia, e tendo no radar perspectivas de aumento de despesas em infraestrutura pelos Estados Unidos dado o prognóstico de um Senado de maioria democrata.

A empresa tem parte relevante do resultado nas suas operações nos EUA.

Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 2,77%.

Bradesco (BBDC4) terminou com acréscimo de 3,12%.

A exceção entre os bancos listados no Ibovespa foi Btg Pactual (BPAC11), que caiu 3,46%. Em NY, XP (XP) recuou 3,49%.

Petrobras (PETR4) valorizou-se 0,1%, em meio a novo avanço dos preços do petróleo no exterior, mesmo que em menor magnitude. Petrobras (PETR3) subiu 0,99%.

B2W (BTOW3) perdeu 6,93%, com empresas de comércio eletrônico no vermelho.

Sua controladora Lojas Americanas (LAME4) cedeu 5,74%, tendo ainda de pano de fundo exclusão pelo Bank of America de seus papéis do portfólio principal de ações para a América Latina.

Localiza (RENT3) caiu 5,45%, liderando perdas no setor. Unidas (LCAM3) perdeu 4,84%. Movida (MOVI3), que não faz parte do Ibovespa, teve declínio de 3,12%.

Eneva (ENEV3) recuou 5,67%, entre as maiores perdas da sessão.

No final da sessão, a empresa divulgou dados sobre reservas de gás natural dos campos nos quais detém participação nas Bacias do Parnaíba e do Amazonas.

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