Comprar ou vender?

Ibovespa pode chegar aos 142 mil pontos, diz Safra; o que comprar?

24 out 2023, 11:41 - atualizado em 24 out 2023, 11:41
Ibovespa
Safra disse ver uma necessidade de uma postura mais cautelosa na alocação de capital. (Imagem: Kaype Abreu/Money Times)

O Safra projeta o Ibovespa (IBOV) em 142 mil pontos ao final de 2024, o que representa um potencial de alta de cerca de 26% para o índice.

Segundo analistas do banco, o Ibovespa pode subir apoiado no processo de desinflação, que deve levar a taxa Selic para baixo e, consequentemente, impulsionar o crédito e elevar o consumo.

O prognóstico considera uma inflação de 3,3% e Selic a 8,75% ao final do período, enquanto o PIB deve crescer 2,5%.

Os analistas não descartam que a busca pelo equilíbrio fiscal no Brasil possa implicar em maiores impostos corporativos, embora essas medidas não sejam garantia para o governo atingir a sua meta.

“As perspectivas dos mercados globais ainda são desafiadoras e que a disciplina fiscal é fundamental para garantir uma perspectiva favorável”, disseram em relatório.

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O que comprar

O Safra disse ver uma necessidade de uma postura mais cautelosa na alocação de capital.

O banco recomenda uma exposição mais concentrada em uma estratégia de valor, com foco em empresas ou setores que negociam a múltiplos baixos e que apresentam retornos robustos.

Analistas do Safra citam que companhias de petróleo e gás, siderurgia e mineração, bancos e utilidades básicas como boas opções.

“À medida que os riscos vão se dissipando, vemos que pode começar a fazer sentido o incremento da exposição a nomes cíclicos domésticos ou de crescimento como saúde, consumo e varejo e transportes, que se beneficiarão de juros mais baixos e um maior crescimento da economia.”

Influencia externa sobre o Ibovespa

O Safra destacou que os Estados Unidos devem ter leve crescimento, com a atividade ainda mostrando resiliência apesar dos juros elevados.

Já o conflito no Oriente Médio representa um risco para os preços do petróleo, podendo alterar a trajetória de desaceleração da inflação no mundo, avaliou o banco.

“Essa situação deve levar o Fed a manter as taxas de juros em patamares altos por um período maior e poderia afetar a atratividade de mercados emergentes, como o Brasil”, afirmou.

Os analistas do banco avaliaram que os ativos brasileiros carregam um prêmio decente e boa parte dos riscos das políticas fiscal doméstica e monetária nos EUA e Europa parecem estar no preço.

Para o Safra, os últimos dados da economia da China se mostraram mais positivos, sinalizando o início de uma recuperação de curto prazo, mas, segundo o banco, sem mudar a tendência de desaceleração de sua atividade de médio e longo prazos.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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