Bula do Mercado

Ibovespa reabre hoje à tarde após carnaval marcado por queda em NY

22 fev 2023, 8:06 - atualizado em 22 fev 2023, 8:17
Ibovespa volta da pausa de dois dias com pregão encurtado nesta quarta-feira, ainda com lembrança de outros carnavais (Arte: Money Times)

O Ibovespa (IBOV) reabre na tarde desta Quarta-feira de Cinzas (22) após dois dias de pausa de carnaval. A sessão regular será mais curta, com início às 13 horas (de Brasília), e deve ser marcada por ajustes em baixa nos ativos de risco

Ainda assim, a bolsa brasileira tem de tirar o atraso apenas de um dia. Afinal, na segunda-feira (20) foi feriado nos Estados Unidos, o que manteve Wall Street fechada. Mas o tombo de 2% das bolsas ontem (21) deve pressionar o pregão local hoje. Foi o pior dia em Nova York desde meados de dezembro.  

Porém, nesta manhã, os índices futuros lá fora ensaiam uma melhora. Portanto, não deve ser nada que se compare à volta do Ibovespa depois do primeiro carnaval da pandemia, em 2020. À época, os mercados globais tiveram um choque de realidade quanto ao impacto do coronavírus no mundo.  

Ibovespa em outros carnavais

Mesmo assim, a lembrança de outros carnavais na B3 coloca em contexto o momento atual dos mercados. Afinal, por mais que o mundo queira, a pandemia da covid-19 ainda não acabou e os desafios às economias permanecem imensos. 

Até porque, no meio caminho ocorreu a invasão da Ucrânia pela Rússia. Aliás, o conflito no leste europeu completa um ano nesta semana. Ambos os fenômenos extraordinários ainda têm impacto sobre os preços dos ativos.  

Ou seja, a tensão geopolítica agora é também uma questão de geoeconomia. Por isso, afeta os mercados globais. E o resto é apenas comentário. Aliás, as notícias mais recentes reforçam essa perspectiva. 

Por que os mercados estão com medo

Lá fora, a maior preocupação é com a narrativa de “juros mais altos por mais tempo” (higher for longer). O aumento no rendimento (yields) dos títulos soberanos dos Estados Unidos (Treasuries)  – o que fortalece o dólar – reflete o temor de que o Federal Reserve precise aumentar as taxas de juros ainda mais, mantendo-a em nível elevado por mais tempo para domar a inflação

Esse receio ganhou força à medida que os dados de emprego nos EUA permanecem fortes. Da mesma forma, o desempenho da atividade segue robusto, sem sinais de desaceleração intensa. Em contrapartida, o processo desinflacionário é apenas incipiente.  

Diante disso, a volatilidade deve reinar nos negócios. Porém, esses movimentos mais bruscos, tanto positivos quanto negativos, são uma oportunidade para adequar a exposição ao risco e aproveitar as oportunidades. Vale lembrar que, três anos atrás, os investidores não tiveram essa chance.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h55:

EUA: o futuro do Dow Jones oscilava em alta de 0,08%; o do S&P 500 tinha leve baixa de 0,04% e o Nasdaq cedia 0,05%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha leve baixa de 0,04% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Vale oscilavam em alta de 0,06% e os da Petrobras, de +0,09%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,92%; a bolsa de Frankfurt perdia 0,76%; a de Paris tinha queda de 0,91% e a de Londres tinha queda de 1,20%;

Ásia: o índice japonês Nikkei 255 fechou em queda de 1,34%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 0,51% e a Bolsa de Xangai recuou 0,47%;

Câmbio: o índice DXY tinha leve alta de 0,08%, 104.26 pontos; o euro tinha baixa de 0,15%, a US$ 1,0631; a libra caía 0,21%, a US$ 1,2086; o dólar tinha queda de 0,09% ante o iene, a 134,89 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,952%, de 3,956% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,699%, de 4,695% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro oscilava com +0,03%, a US$ 1.843,00 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,07%, a US$ 75,53 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,00%, a US$ 82,22 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (maio) fechou estável em Dalian (China), a 913 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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