Mercados

Índice reage e fecha semana no azul, mas sem voltar aos 105 mil pontos

13 nov 2020, 17:43 - atualizado em 13 nov 2020, 19:09

 

Ibovespa, azul
Apenas na segunda-feira, quando os mercados comemoravam a vitória do democrata Joe Biden (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

O Ibovespa (IBOV) engatou o segundo ganho semanal seguido, fechando a sexta-feira em alta de mais de 2%, ampliando a recuperação em novembro, em meio a noticiário mais favorável sobre uma vacina contra Covid-19, embora o aumento de casos nos Estados Unidos e Europa e potenciais novas restrições continuem preocupando.

Uma rotação de setores e o fluxo positivo de capital externo no mercado brasileiro, alinhados a outros emergentes, ditaram ajustes positivos em muitos papéis, em realização de lucros em outros, numa semana carregada de resultados corporativos.

Só na segunda-feira, quando os mercados reagiam a vitória do democrata Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos e o anúncio da Pfizer de resultados promissores para a vacina contra a Covid-19 que está desenvolvendo com a BioNTech, houve entrada líquida de estrangeiros de 4,5 bilhões de reais na Bovespa.

Apesar da recuperação, o Ibovespa não conseguiu se sustentar acima dos 105 mil pontos registrados no meio da semana, uma vez que muitos aproveitaram para embolsar lucros dado o cenário brasileiro ainda preocupante do ponto de vista fiscal, além das incertezas quanto à pandemia na Europa e EUA.

O analista Milan Cutkovic, da Axi, disse que os eventos da semana tiveram um impacto significativo no sentimento do mercado e podem abrir caminho para ganhos adicionais no final do ano. Mas ponderou que há muitos avaliando se o rali não foi longe demais, dado que ainda há questões sem resposta sobre a vacina.

Nesta sexta-feira, Ibovespa subiu 2,16%, a 104.723,00 pontos, com o aumento de 3,76% na semana e de 11,46% mês. No ano, o declínio ainda é de 9,45%.

Maiores baixas do Ibovespa no dia

Maiores altas do Ibovespa no dia

O índice Small Caps avançou 3,32%, a 2.497,01 pontos, com acréscimo de 1,47% na semana e de 10,95% no mês, enquanto apura baixa de 12,11% no acumulado de 2020.

O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 30 bilhões de reais.

Destaques do Ibovespa do Acumulado do Mês:

Azul (AZUL4) sobe 28,6% em novembro, em meio ao sentimento mais positivo relacionado ao desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, o que ajudou também GOL (GOLL4) a mostrar elevação de 24,67% no período. No ano, porém, ambas recuam 50,24% e 46,85%, respectivamente.

Ultrapar (UGAP3) valoriza-se 26,07%, dando continuidade aos ganhos desde o balanço do terceiro trimestre, quando o grupo multissetorial teve resultados acima das previsões de analistas, se beneficiando da gradual retomada da economia brasileira dos efeitos da pandemia de coronavírus.

CSN (CSNA3)  perde 6,09%, entre as poucas quedas acumuladas no mês, com o setor de mineração e siderurgia como um todo com performance mais fraca do que o Ibovespa, na esteira de realização de lucros.

Gerdau (GGBR4)  recua 3,52%.

Veja o comportamento dos principais índices setoriais na B3 (B3SA3) no acumulado do mês:

– Índice financeiro: +14,77%

– Índice de consumo: +10,63%

– Índice de Energia Elétrica: +8,89%

– Índice de materiais básicos: +1,55%

– Índice do setor industrial: +9,46%

– Índice imobiliário: +15,18%

– Índice de utilidade pública: +8,81%

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