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Ibovespa perde fôlego e recua após renovar máximas desde março; varejistas sobem

18 nov 2020, 12:30 - atualizado em 18 nov 2020, 12:30
Mercados - Ibovespa
Investidores seguem balanceando expectativas, colocando de um lado o otimismo com relação a uma vacina (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A bolsa paulista buscava se manter acima dos 107 mil pontos nesta quarta-feira, em meio a ambiente favorável a ativos de risco nos mercados no exterior, apoiado no otimismo com o desenvolvimento de vacina contra o coronavírus, mas sem tirar do radar o crescimento de casos na Europa e EUA.

Às 12:30 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) caía 0,62%, a 106.578,83 pontos.

Na véspera, o Ibovespa à vista, referência do mercado acionário brasileiro, subiu 077%, a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.

De acordo com a equipe do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, em nota a clientes, uma segunda onda de contágio pelo Covid-19 e notícias sobre vacinas seguem no radar de investidores.

Nesse contexto, a Pfizer informou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.

A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e então produzir até 1,3 bilhão de doses em 2021.

Na véspera, dados preliminares dos testes clínicos com a CoronaVac, vacina experimental da chinesa Sinovac, mostraram que ela induziu uma rápida reposta imune, embora o nível de anticorpos produzidos tenha sido menor do que o visto em pessoas que se recuperaram da doença.

“Investidores seguem balanceando expectativas, colocando de um lado o otimismo com relação a uma vacina e do outro a cautela em torno da manutenção de uma situação sanitária delicada na Europa e nos Estados Unidos”, reforçou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes.

Em Wall Street, os mini contratos futuros do S&P 500 (SPX) e do Dow Jones (DJI) subiam, em meio ao noticiário sobre a vacina, com as ações da Boeing (BA) também em destaque após obter aprovação nos Estados Unidos para retomar os voos de seu 737 MAX.

No Brasil, a B3 (B3SA3) anunciou nesta quarta-feira que a partir de 2022 haverá pregão de negociação e liquidação regular na bolsa de valores em feriados municipais da cidade de São Paulo. Em 2021, nada muda, segundo calendário divulgado.

Destaques

Bradesco BBDC4
Bradesco e seus pares operam em queda no pregão desta quarta-feira (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Bradesco (BBDC4) caía 1,69%, em meio a uma correção nos papéis de bancos, após recuperação em novembro. Itaú Unibanco (ITUB4) cedia 1,39%. No mês, ainda contabilizam elevação ao redor de 24% cada. BTG Pactual (BPAC11) tinha declínio de 2,36%.

B2W (BTOW3) recuava 1,65%, em sessão de queda do setor de e-commerce, seguido por Magazine Luiza (MGLU3), em baixa de 1,66% e de Via Varejo (VVAR3), cedendo 1,23%. Após forte valorização no setor com a disparada de vendas online em razão da pandemia, preocupações sobre o futuro do auxílio-emergencial têm alimentado realização de lucros.

Natura (NTCO3) perdia 3,07%, também refletindo ajustes após valorização relevante no mês, que ainda se situa ao redor de 5%.

Iguatemi (IGTA3) caía 2,51%, com o setor de shopping centers ainda buscando se recuperar dos efeitos nocivos de medidas para evitar o aumento do contágio de Covid-19 no país, enquanto dados recentes sobre os casos no país voltam a provocar desconforto. Multiplan (MULT3) recuava 2,47% e BR Malls (BRML3) caía 0,72%.

Gol (GOLL4) valorizava-se 4,65%, em meio a esperança de recuperação de voos e tendo no radar que a autoridade de aviação civil dos Estados Unidos autorizou a retomada dos voos do Boeing 737 Max, usados pela companhia, embora a brasileira Anac ainda não tenha finalizado os ajustes finais para a volta do modelo no Brasil.

No setor, Azul (AZUL4) subia 3,99%.

BRF (BRFS3) avançava 3,72%, em sessão de alta do setor de alimentos e proteínas na bolsa paulista, com JBS (JBSS3) valorizando-se 3,21%, Marfrig (MRFG3) subindo 2,42% e Minerva (BEEF3) em alta de 2,04%.

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