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Ibovespa tem queda marginal, apesar de tombo em Nova York

13 jan 2022, 18:16 - atualizado em 13 jan 2022, 19:19
Ibovespa
O volume financeiro da sessão foi de 27,7 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O principal índice da bolsa de valores brasileira teve queda tímida nesta quinta-feira, após duas sessões de alta, mesmo com o tombo sofrido nos mercados em Wall Street por conta de liquidação das ações de tecnologia.

O Ibovespa (IBOV) caiu 0,15%, a 105.529,50 pontos. O volume financeiro da sessão foi de 27,7 bilhões de reais.

Petroleiras, bancos e frigoríficos deram suporte ao índice, enquanto mineradoras e siderúrgicas, assim como varejistas e empresas de tecnologia foram destaques de queda.

Em Nova York, o Nasdaq, focado em ações de tecnologia, cedeu 2,5% após três sessões de alta, liderando as perdas nos principais índices acionários norte-americanos.

O movimento ocorreu em meio à expectativa de início da temporada de balanços naquele país e diante de declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) sobre o cenário de alta de juros nos próximos meses.

A diretora do Fed Lael Brainard sinalizou, em comissão do Senado que julga sua promoção ao cargo de vice-chair da instituição, que o banco central dos EUA está se preparando para começar a subir as taxas de juros em março.

No Brasil, o setor de serviços cresceu 2,4% em novembro ante outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,2%.

Bruna Marcelino, estrategista-chefe da Necton Investimentos, disse que o movimento do Ibovespa nas últimas sessões duas altas firmes e certa resistência à queda forte desta quinta-feira em Wall Street  parece ainda “muito pontual”, citando incertezas externas em relação ao ritmo da alta de juros nos Estados Unidos e locais incluindo as cenas fiscal e política.

O índice europeu STOXX 600 teve variação negativa de 0,03%.

Destaques

Vale (VALE3) caiu 1,5%, após duas sessões de alta. Siderúrgicas, metalúrgicas e mineradoras também cederam.

Contratos futuros de minério de ferro fecharam em baixa de 0,7% em Dalian, diante de preocupações sobre a demanda de curto prazo pela matéria-prima siderúrgica.

Petrobras (PETR4) subiu 2% e a ação (PETR3) avançou 2,4%, mesmo com os preços do petróleo em queda após duas sessões de alta.

Petrorio (PRIO3) ganhou 3,1%.

Marfrig (MRFG3) subiu 5,2%, Minerva (BEEF3) ganhou 3,06% e JBS (JBSS3) avançou 1,73%.

BRF (BRFS3) teve alta de 0,7%, com anúncio de acordo com o fundo de investimentos soberano da Arábia Saudita para criar uma joint venture de produção de frangos no Oriente Médio.

Santander Brasil (SANB11) subiu 2,94% em sessão positiva para os grandes bancos.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,85%, depois anunciar compra da corretora digital Ideal.

Itaúsa (ITSA4) teve alta de 2,8%.

Inter (BIDI11)  recuou 9,9%, Locaweb (LSAW3) cedeu 8,4% e Méliuz (CASH3) caiu 4,8%, acompanhando queda dos papéis de tecnologia no exterior.

Rede D’or (RDOR3) subiu 0,5%.

O papel reverteu perdas no meio da tarde, após O Estado de S.Paulo publicar que a empresa norte-americana UnitedHealth negocia vender o controle da Amil e que a disputa no momento está acirrada entre a Rede D’Or, e a família Bueno.

Raia Drogasil (RADL3) caiu 5%, maior queda desde o início de outubro.

Natura (NATU3) caiu 5,1%.

No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) cedeu 3,5% e Via (VIIA3) recuou 2,9%.

Moura Dubeux (MDNE3), que não está no Ibovespa, saltou 11,9%, maior alta desde 1° de novembro, após divulgar dados operacionais do quarto trimestre na noite da véspera.

LOG-IN (LOGN3) caiu 12,85%, em dia da conclusão da oferta de aquisição de ações da empresa pela Sas Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC.