Incorporadoras apostam alto e compram imóveis em áreas estratégicas de SP

Mais uma semana movimentada para os fundos imobiliários e para o setor de imóveis chega ao fim. Nos últimos dias, FIIs intensificaram negócios envolvendo ativos, com compra e venda de empreendimentos. Teve até venda de participação em shoppings.

Senadores aprovaram o novo programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. Enquanto o preço do aluguel segue alto em 2023, segundo números até maio. Além disso, incorporadoras investem em São Paulo e compram propriedades de fundos imobiliários.

Entre tantos assuntos, confira o resumo das principais movimentações dos setores ao longo da semana e os impactos que podem ter em seus investimentos e em suas finanças.

Aluguel de imóveis residenciais reduz alta

O preço do aluguel de imóveis residenciais segue não acumulando quedas em 2023. O índice FipeZap mostra que o valor médio pago por locatários avançou 1,29% em maio, ante +1,68% em abril. Com isso, o resultado ficou acima da inflação medida pelo IPCA e pelo IGP-M, de +0,23% e de -1,84%, respectivamente.

No acumulado em 12 meses até o mês passado, o preço médio apurado pelo FipeZap avança 16,52%, enquanto o IPCA tem ganhos de 3,94% e o IGP-M recua 4,47%. Já no acumulado de 2023, o indicador de aluguel sobe 7,76%.

Fundos imobiliários alugam imóveis e reduzem vacância

O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) segue firme na redução da taxa de vacância em São Paulo. Recentemente, o fundo conseguiu zerar a taxa no Rio de Janeiro.

Sendo assim, o RCRB11 alugou o conjunto 111 do edifício Bravo! Paulista, uma área de 215,3 metros quadrados. Com o novo contrato de aluguel, de 60 meses (ou cinco anos), o edifício passa a ter ocupação de quase 39%. Enquanto a vacância física projetada do RCRB11 cai de 16,9% para 16,35%.

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Já o Tellus Properties (TEPP11) reduziu sua taxa de vacância para 5,05%. O fundo alugou um conjunto do 14º andar do edifício Passarelli, na capital paulista, também por cinco anos. O espaço corresponde a 170 metros quadrados de área bruta locável (ABL).

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FII encerra disputa judicial com varejista e pagará dividendo extra

O fundo imobiliário Bresco Logística (BRCO11) e o GPA (PCAR3) deram fim a um processo judicial. O FII e a varejista fizeram acordo sobre uma discussão referente à rescisão antecipada de contrato de aluguel.

Com isso, o GPA pagará R$ 12 milhões ao BRCO11, com acréscimos bancários proporcionais a quantia. Assim, o Bresco Logística pagará no segundo semestre um dividendo extraordinário de pelo menos R$ 0,77 por cota.

Incorporadoras apostam alto e compram imóveis em SP

Falando em varejista, a Tegra Incorporadora assinou um compromisso de compra e venda de um imóvel do Carrefour (CRFB3), na zona sul de São Paulo. Segundo a empresa, a aquisição da propriedade é para potencial desenvolvimento de um empreendimento imobiliário. O valor não foi informado.

Já o fundo CSHG Real Estate (HGRE11) fez acordo para vender um imóvel, também na capital paulista, por R$ 70 milhões. O comprador é uma incorporadora que desenvolverá um empreendimento residencial no local.

O fundo vendeu um prédio e o respectivo terreno, que ficam na rua da Alegria e na rua Visconde de Parnaíba, no Brás, região central. A propriedade tem área total locável de 19 mil metros quadrados e, atualmente, está vaga. O FII deverá ter lucro de pouco mais de R$ 11 milhões.

Venda de participação em shoppings

Já o fundo imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) assinou acordo para vender parcialmente suas participações em três shoppings, por R$ 297,5 milhões.

O VISC11 venderá 10% de participação no Villa Romana Shopping, em Florianópolis (SC); 9% no shopping Iguatemi Bosque, em Fortaleza (CE); e uma fatia de 5% no RibeirãoShopping, em Ribeirão Preto (SP).

Ainda assim, com a venda, o FII seguirá com participações de 10% no Villa Romana Shopping, de 6% no Iguatemi Bosque, e de 15,3% no RibeirãoShopping.

Senado aprova novo Minha Casa, Minha Vida

O Senado aprovou nesta semana a medida provisória que retoma o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Agora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficará responsável pela sanção ou veto ao texto enviado pelo Congresso.

A proposta do novo MCMV prevê três faixas de atendimento em áreas urbanas — destinadas às famílias com renda bruta mensal de até R$ 8 mil –, e mais três faixas em áreas rurais.

Leilões tem imóveis a partir de R$ 10 mil

A Justiça Federal fará leilão de 80 imóveis residenciais e comerciais a partir de R$ 10 mil e com até 50% desconto. Os lances para a serão virtuais e realizados no site da Fidalgo Leilões.

As propriedades estão localizadas em Brasília e nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia. A operação será realizada na segunda-feira (19), com encerramento previsto para às 11h.

No dia 25, a partir das 14h, sete imóveis da Creditas em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul irão a leilão. A operação, em parceria com a Leiloei, será realizada na plataforma do Mercado Bomvalor.

Há imóveis com lances a partir de R$ 202 mil. A forma de pagamento poderá ser à vista ou parcelado com sinal de 21% e saldo em três parcelas corrigidas pelo IGP-M.

Por sua vez, a Zuk Leilões, em parceria com banco Inter, leiloará quatro imóveis, com lances a partir de R$ 65 mil. O leilão será no dia 28 de junho, às 13h, na plataforma da Zuk. As casas e apartamentos ficam em São Paulo e no Rio.