Ibovespa (IBOV) não aguenta peso da Vale (VALE3) e siderúrgicas; veja os indicadores desta sexta (28)

Por Juliana Américo e Vitória Pitanga

A semana termina com a agenda de indicadores agitada. O destaque vai para a melhora nos dados de inflação nos Estados Unidos. O aumento nas expectativas de que o aperto monetário do Federal Reserve está perto do fim animaram Wall Street.

A bolsa brasileira, por outro lado, opera no negativo, puxada pelas ações das empresas de mineração e siderúrgicas. A Vale (VALE3) desaba mais de 2%, depois que a empresa divulgou o balanço do segundo trimestre de 2023 e uma venda em metais básicos.

Por volta das 12h15, o Ibovespa (IBOV) caia 0,06%. Já em Wall Street, Nasdaq subia 1,74%, S&P 500 subia 0,96% e Dow Jones desacelerava a 0,58%.

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Giro dos Indicadores: Confira os dados que saíram na manhã desta sexta-feira (28)

Brasil

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil, registrou uma queda de 0,72% em julho, após um recuo de 1,93% em junho.

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Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), os resultados levaram a uma queda de 7,72% em 12 meses, batendo um recorde de deflação na série histórica.

A dívida pública bruta do Brasil, como proporção do PIB, ficou em 73,6% em junho, se igualando ao mês de maio. Segundo o Banco Central, a dívida líquida foi de 59,1% em junho, ante os 57,8% em maio.

O setor de público consolidado apontou um déficit primário de R$ 48,899 bilhões, ante o ano passado, que houve um superávit de R$ 14,395 bilhões.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua ficaram abaixo do esperado. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro trimestre, a taxa havia ficado em 8,8%.

Já no segundo trimestre, o número de desempregados caiu 8,3% em relação aos três primeiros meses do ano, totalizando 8,647 milhões de pessoas. O total de ocupados acelerou 1,1% de abril a junho (98,910 milhões), sendo uma alta de 0,7% sobre o segundo trimestre do ano passado.

Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a inflação do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 0,2% em junho, após avançar 0,1% em maio. Segundo o Departamento de Comércio, nos 12 meses até junho, houve um avanço de 3,0%, mas ainda, sim, foi a taxa mais fraca comparada a março de 2021 e o aumento de 3,8% em maio.

Quando excluídos os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços do PCE subiu 0,2%. Com isso, o indicador reduziu o aumento na base anual do chamado núcleo do PCE para 4,1%. Trata-se do menor avanço desde setembro de 2021.

Por outro lado, o Índice Michigan de Percepção do Consumidor acelerou em 71,6 neste mês, ante a previsão de 72,6. A expectativa de inflação para um ano é de 3,4%. Para cinco anos, a expectativa é de 3%.

Europa
Na Alemanha, a taxa de inflação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) está estimada em +6,2% em julho, ante +6,4% em junho. Segundo o Departamento Federal de Estatística (Destatis) a taxa de inflação, excluindo alimentos e energia, deve ser de +5,5% em julho ante os +5,8% em junho.

Na Zona do Euro, o Indicador de Sentimento Econômico (ESI, na sigla em inglês) permaneceu em queda tanto na União Europeia, de -0,5 pontos para 93,6, quanto na zona do euro, de -0,8 pontos para 94,5. Já o Indicador de Expectativas de Emprego (EEI) diminuiu 1,8 pontos nas duas áreas (para 102,4 na UE e 103,0 na zona do euro).

Ásia
No Japão, o Banco Central manteve sua meta para a taxa de juros de curto prazo em -0,1% e para o rendimento dos títulos do governo de 10 anos em torno de 0%. Além disso, manteve a orientação de que o rendimento de 10 anos se mova 0,5% em torno da meta de 0%, e oferecerá comprar títulos do governo japonês de 10 anos a 1,0% em operações de taxa fixa.

*Com Reuters e BDM