Mercados

Investidor perde dinheiro com memes nos EUA, diz Morgan Stanley

22 jan 2022, 16:51 - atualizado em 22 jan 2022, 16:51
Morgan Stanley
A desvantagem dos pequenos investidores em relação ao índice amplo se intensificou nos últimos dois meses (Imagem: Reuters/Lucas Jackson)

Quem vive para o meme morre por ele. Esta foi a lição aprendida por pesquisadores do Morgan Stanley (MS) sobre a rapidez com que investidores pessoa física foram das ações com os melhores desempenhos do mundo a lanterninhas no mercado acionário dos EUA.

A mesa de operações do banco elaborou um gráfico com estimativas para os ganhos e perdas dos operadores amadores, com base em dados públicos e das bolsas sobre os fluxos de investimento em ações nos últimos dois anos.

Os investidores pessoa física estiveram confortavelmente à frente do S&P 500 (SPX) durante a maior parte de 2020, quando as ações especulativas tiveram seu apogeu, mas os resultados deles ficaram abaixo do índice de referência a partir de meados de 2021 e continuam nessa posição.

A trajetória acompanha a observada para o fenômeno das ações meme (que ganham adeptos devido a movimentações nas redes sociais) e para as ações de empresas com produtos e serviços voltados para quem trabalha em casa, como Peloton Interactive e Zoom Video Communications, que penaram no ano passado. O relatório do Morgan Stanley não especificou os fatores motivadores das taxas de retorno.

A desvantagem dos pequenos investidores em relação ao índice amplo se intensificou nos últimos dois meses, de acordo com os dados. O mercado dos EUA passou a ser liderado por outros setores, especialmente o de energia.

“O investidor de varejo continua sendo comprador marginal, mas existe a questão de lucro/prejuízo”, escreveram Christopher Metli e colegas do Morgan Stanley no estudo. “A sazonalidade continuará favorável ao investidor de varejo nas próximas semanas, mas depois disso, o grande risco é que a demanda deles diminua devido a perdas maiores.”

Com base nas estimativas do Morgan Stanley, os investidores de varejo ainda têm saldo positivo na negociação de ações nos últimos 24 meses, porém as “compras recentes provavelmente se referem a opções sem valor intrínseco”, acrescentou o relatório.

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