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Investidor que previu crise de 2008 diz qual é o segredo de Warren Buffett para o sucesso

26 maio 2022, 14:38 - atualizado em 26 maio 2022, 15:38
O investidor Michael Burry teve sua história contada no filme “A Grande Aposta”(Imagem: Reprodução Flickr)

Há apenas um Warren Buffett e as particularidades do investidor foram críticas para seu desempenho superior, disse Michael Burry em um tuite recente (agora já excluído).

Burry é mais conhecido por sua aposta de bilhões de dólares contra a bolha imobiliária de meados dos anos 2000, imortalizada no filme “A Grande Aposta” de 2015.

O gerente do fundo de hedge fez uma observação semelhante sobre Buffett ao autor do livro de deu origem ao premiado filme, Michael Lewis.

Interpretado por Cristian Bale, o médico Michael Burry consegui prever a bolha de 2008 e assim lucrar quase 1 bilhão de dólares com a maior crise econômica da história.

Michel Burry e o mundo dos investimentos

Natural de San José, no estado da Califórnia, EUA, Burry passou por uma cirurgia para retirada de um câncer o que levou a perda do seu olho esquerdo e marcou a sua personalidade.

O menino de um olho só, como Lewis o chama no livro, era socialmente distante e tinha dificuldades de se encaixar na escola e na faculdade.

Ele foi diagnosticado com bipolaridade e com leves sinais da Síndrome de Asperger, condição semelhante ao autismo que dificulta a interação social, mas torna o diagnosticado muito mais adaptável e rápido a absorver conhecimentos, por exemplo.

Após formar-se como economista na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), ingressou no curso de medicina na Universidade Vanderbilt, no Tenessee.

Burry não se encontrava na medicina. Achava a rotina entediante e a dificuldade com pessoas só prejudicava mais o seu progresso. Ao perder o pai por um erro de diagnóstico de câncer, decidiu abandonar a faculdade de medicina e focar no que realmente tinha paixão, o mercado financeiro.

Em 2000, com uma dívida de US$ 145 mil do seu financiamento estudantil e fora da faculdade de medicina fundou o Scion Capital, seu fundo de investimentos. Juntou suas economias de US$ 40 mil, mais US$ 50 mil de sua mãe e irmão, e assim começou sua carreira como gestor.

Michael Burry e as lições de Warren Buffett

“Se você quer ser um grande investidor, você precisa se adequar ao estilo de quem você é”, disse Burry a Lewis. Ele observou que Buffett não copiou seu mentor, Benjamin Graham, mas criou sua própria abordagem e filosofia de investimento.

“A lição de Buffett foi: para ter sucesso de maneira espetacular, você tinha que ser espetacularmente incomum”, escreveu Lewis sobre a principal percepção de Burry ao estudar o CEO da Berkshire Hathaway.

Burry também disse a Lewis que ele não tinha o charme e as habilidades sociais de Buffett, e sabia que nunca seria tão popular quanto o “Oráculo de Omaha”, como é popularmente conhecido o megainvestidor.

O chefe da Scion Asset Management mencionou Buffett várias vezes em tuites anteriores.

Em abril, ele destacou o depoimento de Buffett ao Congresso em 2010 sobre a crise financeira. O chefe da Berkshire descreveu Burry como uma “Cassandra” para o painel, porque seus avisos sobre um acidente iminente foram quase universalmente ignorados. Apropriadamente, Burry definiu seu nome de exibição no Twitter como “Cassandra BC“.

Tuites excluídos

Burry está plenamente ciente de que deletar seus tuites não impede que as pessoas os arquivem ou escrevam sobre eles.

“Sim, eu sei, deletar tuites não os exclui de verdade. Mas não é por isso que eu os excluo”, disse ele em um tuites, agora deletado, no domingo (22).

O ex-médico exclui seus tuites para impedir bots e promotores de ações de memes e criptomoedas respondam às suas postagens para alcançar um grande público, explicou ele em outubro, conforme divulgou a Business Insider.

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Formada em Gestão de Negócios e Inovação pela Fatec Sebrae e, atualmente, estudante de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Tem como propósito atuar visando os princípios éticos do jornalismo com comprometimento com a informação de qualidade e o combate à desinformação.
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