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IRB Brasil (IRBR3) atingiu piso? Ação dispara 14%; Inter vê alta de mais 30%

14 nov 2022, 18:29 - atualizado em 15 nov 2022, 16:06
IRB Brasil
IRB disparou e foi a maior alta do Ibovespa; apesar de não recomendar compra, Inter vê ação a R$ 1,20 (Imagem: Youtube/IRB Brasil)

A ação do IRB Brasil (IRBR3) disparou 14,63% na sessão desta segunda-feira (14), fechando a R$ 0,94, maior alta do Ibovespa.

A companhia sobiu após uma sucessão de pregões no negativo. Na semana passada, a resseguradora divulgou mais um prejuízo, a R$ 298,7 milhões, alta de 90% ante o mesmo período do ano passado.

Os números, de forma geral, desagradaram analistas. Segundo o Inter Research, o resultado ficou abaixo das expectativas, influenciados por três fatores:

  • redução nos prêmios emitidos;
  • redução nos prêmios ganhos;
  • elevada sinistralidade impactada pelo segmento agro no Brasil em função das condições climáticas adversas ocorridas em 2021;

E, justamente nesse último ponto que o Inter está confiante. Para o analista Matheus Amaral, que assina o documento, a empresa pode se recuperar nos próximos trimestres com a melhora do segmento agro, que impactou atipicamente a companhia.

Apesar disso, Amaral coloca que a companhia não mostrou tanta gordura no capital mínimo regulatório que reportou 109% de suficiência, o que não abre margem para maiores prejuízos nos próximos resultados.

“Por outro lado, caso a melhor expectativa para a sinistralidade principalmente no ramo rural se verifique, a companhia deve recuperar uma maior gordura nessa suficiência”, discorre.

A recomendação do Inter é neutra, com preço-alvo de R$ 1,20, potencial de alta de 30% enquanto a ação valia R$ 0,90, por volta das 15h48.

IRB: desempenho no trimestre

A posição de caixa do IRB foi impactada por menor subscrição de prêmios e maiores pagamentos de sinistros.

O total de prêmios emitidos pelo IRB recuou 7,5% no comparativo anual, totalizando R$ 2,41 bilhões – no entanto, segundo o BTG, o desempenho foi 33% melhor do que o esperado.

O índice de sinistralidade total foi de 116,8%, apresentando uma redução de 2,4 pontos percentuais ante o mesmo trimestre do ano anterior.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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