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Itaú alerta: Varejo físico não morreu e está recuperando “tempo perdido” da pandemia, revela pesquisa

16 ago 2022, 17:24 - atualizado em 16 ago 2022, 17:24
Turismo
Turismo foi um dos setores em que o consumo cresceu no segundo trimestre de 2022 (Imagem: Pixabay/JoshuaWoroniecki)

Com a retomada das atividades fora de casa após o avanço da vacinação e flexibilização das restrições geradas pela pandemia, o consumo nos setores de entretenimento, vestuário, transportes e equipamentos eletrônicos tem crescimento relevante no período, segundo o estudo Análise do Comportamento de Consumo do Itaú Unibanco.

O estudo é elaborado trimestralmente pelo banco e reúne dados referentes às compras feitas com cartões emitidos pelo Itaú e às vendas transacionadas pela Rede, sua empresa de meios de pagamento.

Os números levantados pelo estudo mostram avanço do consumo em diversos setores, bem como o peso da inflação no bolso dos brasileiros.

Retomada do turismo

O estudo identificou crescimento na retomada do turismo, com destinos internacionais em alta. O valor transacionado no setor cresceu 287% no intervalo visado pelo estudo, e foi registrado um aumento de 215% na quantidade de operações.

Apesar do incremento relevante, o setor ainda não alcançou os montantes de antes da pandemia, mas tem se aproximado e registra avanço constante desde o primeiro trimestre de 2021.

Os Estados Unidos seguem como o destino com mais gastos realizados pelo brasileiro, com 26% do total.

Contudo, um destaque para o segundo semestre é a Copa do Mundo, que já tem efeitos nos gastos relacionados ao Qatar, país que sediará o evento.

Segundo os dados do Itaú, as despesas relacionadas ao destino cresceram impressionantes 2.275%, sendo que os setores mais impactados são agências de turismo, com alta de 308% no volume de transações, seguido de passagens aéreas, com alta de 102%.

Protagonismo dos meios de pagamento digitais

As wallets – carteiras digitais para pagamento por aproximação com o celular –, cartões virtuais e Pix também viram crescimento no segundo trimestre deste ano.

O valor transacionado nas wallets teve incremento de 136% na comparação com o mesmo período do ano anterior, e de 142% na quantidade de transações, com destaque para a geração Z que, segundo o estudo, teve salto de 725% no número operações usando a modalidade.

Já o Pix apresentou uma evolução de 124% no valor transacionado e 305% na quantidade de operações – considerando transações realizadas de pessoa física para pessoa jurídica.

No período, o Pix foi utilizado em 12% dos pagamentos, cartões de crédito representam 76% e cartões de débito, 12% (no 1º trimestre deste ano, o Pix correspondeu a 11% das movimentações, cartões de crédito a 62% e cartões de débito, 27%).

Consumo no varejo físico x online

O consumo no varejo físico tem avançado ante o online, representando 76% do volume em faturamento no segundo trimestre de 2022, contra 24% do consumo online.

No ambiente físico, os gastos apresentaram aumento de 28% no período analisado, comparando com 2020, o crescimento foi de 88%, e com 2019, de 49%. Já o consumo em compras online avançou 43% no segundo trimestre.

Após ascensão, a queda no consumo de delivery

No setor de alimentação, o consumo de delivery, que ganhou expressivo espaço especialmente no auge da pandemia tem queda de 26% no total gasto e de 44% no número de operações, alcançando números bastante semelhantes aos de 2019, segundo os dados do Itaú.

Além disso, a inflação impacta o comportamento de consumo de alimentos, visto que os consumidores passaram a fazer mais visitas aos mercados, com gasto médio menor. O número de transações realizadas no segundo trimestre de 2022 cresceu 25% na comparação com igual período de 2021, mas com queda de 2% no ticket médio.

Já os gastos com fast foods tiveram alta de 56% no valor transacionado, e de 42% na quantidade de operações, aponta o estudo.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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