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JBS (JBSS3): Ebitda ajustado do 1T23 fica 48% abaixo da previsão do BTG, que ‘não vê brincadeira’; ações despencam 9%

12 maio 2023, 10:44 - atualizado em 12 maio 2023, 11:14
O indicador financeiro registrou seu pior resultado desde o 1T17; banco prevê melhora para o frigorífico em um mercado “normalizado” (Imagem: Facebook/ JBS)

As ações da JBS (JBSS3) caíam 9,54% por volta das 10h20 desta sexta-feira (12), a R$ 15,65, em reação ao balanço divulgado na véspera. A empresa reportou prejuízo líquido de R$ 1,45 bilhão no primeiro trimestre do ano (1T23), abaixo da previsão do BTG Pactual.

O banco ressalta que a JBS “não estava brincando” quando disse, após a divulgação dos resultados do 4T22, que o cenário difícil se manteria ainda mais desafiador no 1T23.

Segundo o BTG, às margens do 1T23 vieram abaixo em todos os segmentos, ainda mais do que o esperado. O Ebitda ajustado ficou em R$ 2,2 bilhões, menor valor desde 1T17, com queda de 79% ano a ano e 48% abaixo das expectativas do banco.

Ainda assim, o banco recomenda compra da ação, com preço-alvo de R$ 40,00 e potencial de alta de 131%. Na avaliação do BTG, apesar do momento ruim do ciclo de proteína, a expectativa é de que a companhia possa superar essa adversidade, que acredita que um mercado “normalizado” deve fazer com que as ações fiquem baratas demais para serem ignoradas.

Quebras para JBS

As divisões da US Beef nos Estados Unidos e Austrália foram os principais fatores que impulsionaram os resultados ruins no 1T23, com Ebitda de R$ 98 milhões e margem de 0,3%, a menor desde o 1T17.

Com esse cenário, apesar de uma perspectiva de melhora sazonal nas margens da US Beef nos Estados Unidos para o 2T23 e 3T23, além de uma evolução no gado da Austrália, a projeção do banco de uma margem Ebitda de 3,9% para o ano-fiscal de 2023 para “muito otimista” na visão do BTG.

Além disso, a US Pork reportou margens decepcionantes, com seu pior desempenho desde 2009. A Seara apresentou uma margem Ebitda fraca de 1,4%, um recorde negativo para unidade, devido ao excesso de aves no mercado global.



Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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