Lula defende governança climática pela ONU e diz que Cúpula da Amazônia marca ‘antes e depois’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou nesta terça-feira (8) a sua live “Conversa com o presidente”, ao lado do jornalista Marcos Uchôa.

A entrevista aconteceu em Belém (PA), no dia que marca o início da Cúpula da Amazônia, que conta com representantes de 8 países (que possuem áreas do bioma), além de representantes da Alemanha, França, Holanda e Noruega para debater o desmatamento ilegal e o financiamento externo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“Esse encontro é a questão mais forte já feita em defesa do clima. A ideia é sairmos daqui preparados, para que todos os países que contam com florestas hajam de forma unificada na COP28 para mudarmos a discussão. Dessa forma, em 2025, quando acontecer a COP 30 na Amazônia, todos os países vão entender o bioma de perto”, disse o presidente.

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Lula defendeu ainda o estudo sobre consciência climática nas salas de aulas. “Precisamos de aulas para as crianças sobre a questão do clima, se você não fizer isso na escola, você não cria uma relação de pessoas preparadas para educar as futuras gerações, são coisas que faremos”, explica.

Assim, na visão do presidente, a questão climática é uma pauta essencial. “Eu não defendo a ideia de que a Amazônia seja um santuário da humanidade, eu quero que o bioma seja um lugar em que o mundo tire proveito da riqueza de sua biodiversidade”.

Cúpula da Amazônia e clima

O presidente da República destacou a importância da Cúpula da Amazônia, que marca a primeira reunião dos 8 países que contam com áreas do bioma.

“Na medida que o mundo desenvolvido já destruiu as suas florestas, precisamos cobrar deles recursos para investimentos e participação científica, porque não há dimensões das usabilidades da Amazônia para fármacos e cosméticos. Não há desenvolvimento sem sustentabilidade, e eu acredito que o mundo debaterá sobre clima a partir dessa Cúpula”, discorre.

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Por fim, Lula defendeu uma nova governança mundial pela Organização das Nações Unidas (ONU).

“Não há consenso sobre muitas das decisões climáticas que precisam ser tomadas. Nós precisamos de uma governança global, a ONU precisa ser remodelada, é preciso que mais países façam parte do grupo. Dessa forma, exigimos que pelo menos na questão climática, haja uma mudança para que quando decidirmos algo, seja lei, para que os países cumpram”, finaliza.