Justiça

Lula vai liberar 234 casos de ‘sigilo de 100 anos’ de Bolsonaro; entenda

04 fev 2023, 11:00 - atualizado em 03 fev 2023, 14:36
Ex-presidente Jair Bolsonaro Justiça dinheiro projeto de lei
Informações colocadas sob sigilo pela administração Bolsonaro serão liberadas ao público (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A Controladoria-Geral da União (CGU) analisou e decidiu revisar 234 pedidos de sigilo de informação impostos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). O órgão decidiu criar novos critérios expandindo o acesso a dados públicos.

Entre os casos analisados estão as entradas dos filhos do ex-presidente no Palácio do Planalto e o processo disciplinar que inocentou o agora deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) por participar de um ato político com Bolsonaro quando ainda era general da ativa e depois de deixar a posição de ministro da saúde.

O caso que envolve a transparência do cartão de vacinação de Bolsonaro não tem ainda uma decisão tomada e segue com sigilo. “Ele envolve reflexões importantes, há uma dimensão sobre a privacidade que não pode ser deixada de lado”, disse o ministro da CGU, Vinicius de Carvalho.

A revisão dos sigilos impostos por Bolsonaro foi uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomada ainda durante a sua posse. O novo presidente deu 30 dias para que a CGU analisasse os casos. “Não dá para dizer que todos, pode ser que tenha casos que por razões técnicas o sigilo seja mantido”, disse Carvalho.

De acordo com ele, deve levar entre 60 e 90 dias para que o órgão revise os 234 casos e opine sobre cada um deles, revogando o sigilo ou não. Em todos os casos, os dados devem ser fornecidos a quem fez o pedido.

No caso do processo envolvendo o ministro Pazuello, exemplificou Carvalho, há dez casos em análise na CGU.

Os enunciados definidos pela CGU dizem que os registros de entradas e saídas de prédio público devem ser fornecidos a não ser quando envolverem agendas sigilosas, como a confecção de um plano econômico ainda não publicizado ou uma investigação em andamento.

No caso de residências oficiais, as informações públicas são aquelas que se referem a agendas oficiais.

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Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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