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Magazine Luiza (MGLU3): Por que ação sobe após escândalo da Americanas (AMER3)?

12 jan 2023, 15:33 - atualizado em 12 jan 2023, 15:33
Interior da loja do Magazine Luiza
Americanas informou ontem que encontrou uma inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões. (Divulgação/ Magazine Luiza)

A ação do Magazine Luiza (MGLU3), que chegou a cair 4% mais cedo, subia 2%, a R$ 3,09, por volta das 15h20 desta quinta-feira (12).

Se em um primeiro momento a reação dos investidores foi a de achar que algo semelhante ao escândalo da Americanas (AMER3) poderia acontecer com o Magalu, agora a percepção é outra.

Guilherme Schunke Toledo, da mesa de operações da Amur Capital, afirma que grandes fundos, que têm estratégia de alocação setorial, podem estar direcionando recursos para ação do Magazine Luiza.

O papel da Via (VIIA3), no entanto, seguia em baixa, em linha com a visão preponderante no mercado de que o Magalu é uma empresa em melhores condições financeiras. Apesar disso, o tom geral dos analistas é de cautela com as duas empresas por conta de juros e da inflação em alta.

Segundo Toledo, uma outra frente que poderia direcionar recursos de investidores da Americanas para o Magazine Luiza seria percepção de que a empresa pode ter um problema operacional mais grave, que levaria o consumidor a comprar em outro lugar – possiblidade que, de acordo com ele, foi afastada com o comunicado de mais cedo do CEO Sergio Rial, que pediu demissão.

O que aconteceu com a Americanas?

A Americanas informou ontem que encontrou uma inconsistência contábil de cerca de R$ 20 bilhões em análise preliminar. A empresa disse que não é possível determinar todos os impactos na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia.

Segundo o CEO da empresa, as inconsistências contábeis não se tratam somente do exercício de 2022, mas de “vários anos passados”. “Não sou capaz, nesse momento, de poder dizer a você exatamente quando começou”, disse. 

Rial afirmou que percebeu as inconsistências contábeis a partir de seu interesse em entender algumas linhas importantes dos resultados da Americanas, incluindo a parte da tributação e o funcionamento da parte de adiantamento a fornecedores.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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