Agronegócio

Maior cooperativa de café conilon do Brasil registra queda de 15% nas entregas

21 ago 2020, 14:28 - atualizado em 21 ago 2020, 14:28
Café
A cooperativa reiterou previsão de que a quebra de produção no Espírito Santo, maior produtor de café conilon (robusta), gira em torno de 30% (Imagem: REUTERS/José Roberto Gomes)

A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, com atuação no Espírito Santo e Bahia, registrou uma queda de 15% nas entregas do produto em 2020 na comparação com 2019, informou a instituição nesta sexta-feira.

Com a colheita finalizada nas áreas da Cooabriel, com sede em São Gabriel da Palha (ES), a cooperativa havia recebido até esta sexta-feira 1,444 milhão de sacas de 60 kg em seus armazéns nos dois Estados.

Segundo a cooperativa, a queda no recebimento ocorre na esteira de uma quebra de safra que já era esperada.

A cooperativa reiterou previsão de que a quebra de produção no Espírito Santo, maior produtor de café conilon (robusta), gira em torno de 30% em relação à safra 2019.

Segundo o presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello, houve no ano passado um período de ventanias fortes, que coincidiram com a época da florada. Além disso, disse ele, muitos cafeicultores não investiram em tratos culturais em razão do baixo preço do café naquele momento.

O coordenador técnico da Cooabriel, Perseu Fernando Perdoná, ainda citou em nota divulgada pela cooperativa que houve menor produção devido ao volume de chuvas que ficou abaixo do esperado para o período.

“A última safra com grande produção, a lavoura com menos adubo e a questão do clima foram fatores que levaram as plantas a chegar ao pós-colheita com menor tamanho de copa e vigor, consequentemente comprometendo a produção para este ano…”, comentou.

Por outro lado, a Cooabriel reportou melhora na qualidade dos cafés recebidos.

“Com a pandemia no meio da safra, o produtor foi priorizando a colheita mais seletiva dos grãos, com isto ele colheu grande percentual de café maduro, que resultou em cafés de melhor qualidade, superiores aos cafés do ano passado”, disse o gerente corporativo de mercado da Cooabriel, Edimilson Calegari.

“Neste ano, os padrões foram melhores em relação à qualidade dos cafés recebidos e chegamos a 80% do café tipo 7 para melhor”, completou o coordenador de armazém (sede) da Cooabriel, José Carlos Azevedo.

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