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Mineração, siderurgia e celulose: XP projeta mercado mais equilibrado em 2022; veja ações indicadas

04 dez 2021, 13:55 - atualizado em 04 dez 2021, 13:55
Vale
Corretora vê potencial de valorização, pagamento de dividendos robustos e recompras de ações para mineradoras brasileiras no próximo ano (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A XP Investimentos projeta um cenário mais equilibrado para grande parte dos setores de mineração, siderurgia e papel e celulose em 2022.

Após um desempenho robusto em 2021, principalmente por parte das siderúrgicas, a corretora acredita que o mercado verá preços mais moderados no próximo ano, com riscos limitados de queda em um contexto de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global ainda forte, política expansionista e aumento dos custos.

Para o minério de ferro, os analistas esperam que os preços se mantenham nos níveis atuais em meio à demanda de aço estável na China em comparação a 2021.

“Não esperamos novos grandes planos de estímulo do governo como no passado”, comentam André Vidal e Thales Carmo, em relatório atualizado na última quinta-feira (2).

Na opinião da XP, as compras de minério de ferro pela China devem começar a se normalizar após as Olimpíadas de Inverno.

Normalização nas siderúrgicas

As siderúrgicas vivenciaram um ambiente de preços altos em 2021, levando a uma geração de caixa recorde. Para 2022, a expectativa é de que a demanda no Brasil se beneficie de uma recuperação gradual, liderada pelo setor de construção.

Segundo a XP, os aços longos manterão o bom desempenho, enquanto os aços planos serão pressionados pela escassez de semicondutores.

A recente queda nos preços do aço também deve impactar os resultados das siderúrgicas no próximo ano.

Celulose pode surpreender

Enquanto o mercado está preocupado com a ideia de que a celulose de fibra curta na China tem risco de cair ainda mais, a XP acha que os preços podem surpreender.

Alguns motivos explicam a visão otimista da corretora: (i) curvas de start-up e rampup abaixo do esperado, juntamente com fechamentos de capacidade não antecipadas; (ii) demanda ainda saudável, impulsionada pelo crescimento do PIB; (iii) restrições de oferta afetando produtores de celulose que dependem da importação de cavacos de madeira; e (iv) elevação da curva de custo marginal.

Klabin
Em papel e celulose, a XP tem recomendação de compra para Klabin (Money Times/ Gustavo Kahil)

A XP projeta para a celulose de fibra curta uma média em US$ 580 a tonelada em 2022, que, “junto com o real em níveis desvalorizados, deve manter as margens dos produtores brasileiros de celulose saudáveis”.

Por outro lado, o cenário dos produtores de papel de embalagem, que registraram um dos melhores anos em 2021 por conta das tendências digitais e de sustentabilidade, deve ficar mais calmo, tendo a melhor época ficado para trás.

Ações preferidas

Apesar de não ver novos picos de valor, a XP indica a compra da ação da Vale (VALE3) e da CSN Mineração (CMIN3), com preferência pela primeira.

“Vemos potencial de valorização em termos de valuation, além do pagamento de dividendos robustos e recompras de ações para as mineradoras brasileiras”, explicam Vidal e Carmo.

Entre as siderúrgicas, a preferência vai para Gerdau (GGBR4), dada a sua exposição a aços longos. A XP tem recomendação de compra para a ação preferencial da empresa. Para Usiminas (USIM5), o rating é neutro.

Em papel e celulose, a XP segue com recomendação de compra para Klabin (KLBN11), mas está rebaixando a indicação da Irani (RANI3) para neutra.

Outra ação comentada pela corretora é da CBA (CBAV3), com recomendação de compra. Na avaliação dos analistas, o déficit global na indústria do alumínio manterá altos preços e prêmios do material, que também se beneficia do aumento dos custos de energia em todo o mundo.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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