Internacional

Ministra da Espanha sinaliza atrasos em fundo de recuperação

14 out 2020, 13:15 - atualizado em 14 out 2020, 13:15
Banco da Espanha
O PIB da Espanha deve registrar uma das quedas mais fortes da Europa neste ano (Imagem: Reuters/Marcelo del Pozo)

A ministra da Economia da Espanha, Nadia Calvino, disse que as negociações sobre o fundo de recuperação da pandemia da União Europeia “ainda estão em andamento”, o que sugere preocupação para a rápida distribuição de bilhões de euros a estados membros.

Disputas sobre governança têm atrasado o desembolso de fundos que deveriam impulsionar a recuperação econômica da região já no início do próximo ano.

“Estamos fazendo o possível para acelerar esse processo para que possamos iniciar a implementação do plano de recuperação em 1º de janeiro de 2021”, disse Calvino em entrevista na quarta-feira à Bloomberg Television.

O PIB da Espanha deve registrar uma das quedas mais fortes da Europa neste ano, com o país entre um dos maiores destinatários dos fundos de recuperação da UE para aliviar a crise econômica.

Enquanto os governos aguardam a distribuição desses recursos, a compra de títulos do Banco Central Europeu reduziu os custos dos juros e ajudou tesouros nacionais a financiarem sua resposta fiscal de emergência.

“Tudo aponta para uma continuação dessas políticas monetárias acomodatícias, o que será fundamental no futuro”, disse Calvino. Ela acrescentou que “a confiança do mercado na Espanha é forte”, o que permitiu ao país reduzir a meta de emissão de dívida líquida neste ano em 15 bilhões de euros (US$ 17,6 bilhões).

“O ambiente na Europa neste momento é de apoio a medidas fiscais expansionistas que acompanhariam a política monetária expansionista”, afirmou. “Acho que essa é a postura certa que continuará em 2021.”

Calvino disse que o governo tem “trabalhado intensamente” em um orçamento para 2021, que será necessário para canalizar adequadamente os fundos da UE quando os recursos chegarem.

A Espanha prometeu 140 bilhões de euros em garantias de empréstimos apoiadas pelo estado, e Calvino disse que pedidos desses empréstimos “têm desacelerado de forma muito significativa com a reabertura da economia, com o início da recuperação econômica”. A Espanha manterá essas medidas em vigor, disse a ministra, e tentará torná-las mais direcionadas.

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