Política

Bolsonaro pede que ministro da Defesa entregue cargo

29 mar 2021, 16:16 - atualizado em 29 mar 2021, 17:32
Fernando Azevedo e Silva
Saio na certeza da missão cumprida, acrescentou (Imagem: REUTERS/Marco Bello)

O presidente Jair Bolsonaro pediu o cargo do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em um movimento que deve dar início a uma reforma ministerial que inclui mudanças na Casa Civil e na articulação política do governo.

De acordo com duas fontes ouvidas pela Reuters, o presidente decidiu pedir o cargo de Azevedo e Silva, em uma rápida reunião no início da tarde desta segunda.

A demissão foi comunicada pelo próprio ministro em uma nota.

“Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao país, como ministro de Estado da Defesa”, afirmou Azevedo na nota oficial. “Saio na certeza da missão cumprida”, acrescentou.

O Palácio do Planalto ainda não se manifestou oficialmente sobre a troca na Defesa e nem outras que devem ser anunciadas em breve.

De acordo com uma fonte palaciana, o atual ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto deve assumir a Defesa.

Já a Casa Civil poderá ir para Luiz Eduardo Ramos, atual ministro da Secretaria de Governo, enquanto esse cargo, que faz a articulação política do governo, poderia ir para as mãos de um parlamentar do centrão.

A demissão de Azevedo e Silva pegou parlamentares e mesmo ministros de surpresa. A saída do ministro, no entanto, não é fato isolado e é o início de uma reforma ministerial mais ampla, decidida nas últimas horas por Bolsonaro.

Ao sair de um encontro com Bolsonaro e a bancada de Santa Catarina, o senador Jorginho Mello (PL-SC) disse a jornalistas que o presidente havia dito a eles que trocas ministeriais seriam anunciadas ainda nesta segunda.

“Ele falou que vai fazer uma trocas até hoje à noite e nós vamos ficar sabendo em breve”, disse o senador.

O dia começou com o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que ainda não foi oficialmente aceito pelo presidente. De acordo com uma fonte, Bolsonaro pretende ter o nome de seu substituto antes de fazer o anúncio das trocas.

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reuters@moneytimes.com.br
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