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Mobly (MBLY3): Ação derrete quase 20% com vendas fracas; o que esperar agora?

29 mar 2023, 11:59 - atualizado em 29 mar 2023, 12:03
Mobly
Mobly teve um aumento nas despesas com pessoal de vendas (Imagem: Facebook/Mobly)

A ação da Mobly (MBLY3) derretia 19,03%, a R$2,17, por volta das 11h40 desta quarta-feira (29), após a varejista reportar mais um trimestre de vendas fracas.

A companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 17 milhões no quarto trimestre, em linha com o do ano anterior e um pouco melhor que as expectativas, disseram os analistas do Bradesco BBI, segundo relatório da Ágora Investimentos.

O GMV da varejista encolheu 7% na base anual, com o canal de comércio eletrônico atuando como um obstáculo, apesar parcialmente compensado pelo crescimento das lojas físicas, segundo o banco, em relatório assinado por Flávia Meireles e Pedro Pinto.

A Mobly teve um aumento nas despesas com pessoal de vendas, aumentos salariais de administrativo e alguma desalavancagem operacional. A margem bruta, no entanto, expandiu 1,3 ponto percentual em relação ao ano anterior, devido a aumentos de preços e negociações com fornecedores.

Mobly tem resultados ‘desanimadores’

Os analistas do Bradesco BBI destacaram que os resultados da Mobly foram “desanimadores”, com crescimento das vendas (agora negativo por seis trimestres consecutivos) e a dinâmica da margem Ebitda.

“A visibilidade em qualquer recuperação de vendas e, mais importante, melhorando a lucratividade, parece limitada”, disseram, seguindo com recomendação “neutra” para os papéis da varejista.

Eles disseram, no entanto, que a empresa está progredindo em algumas áreas, com eficiência em logística (expansão da MoblyLog e custos mais baixos), maior eficiência de marketing e gerenciamento de caixa.

Os analistas destacaram que a Mobly foi capaz de proteger o caixa principalmente por meio de negociações dos termos de pagamentos aos fornecedores.

“Esperamos que esse posicionamento estratégico se mantenha no curto prazo, dadas as altas taxas de juros e a pressão de renda das famílias, que normalmente levam os consumidores a evitar comprar itens de valor mais alto”, afirmaram.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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