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Movimentação de navios é paralisada no porto argentino de Rosário com greve por vacinas

26 maio 2021, 15:40 - atualizado em 26 maio 2021, 15:40
Onze sindicatos, representando trabalhadores essenciais para a atracação de navios de carga, emitiram um comunicado na terça-feira anunciando sua segunda paralisação de 48 horas de trabalho (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

Embarcações foram impedidas de se movimentar no porto de Rosário, polo de grãos da Argentina, nesta quarta-feira em função de uma greve feita por trabalhadores da unidade portuária por acesso a vacinas contra a Covid-19.

Uma segunda onda de infecções atingiu o país, estimulando o governo a reforçar as medidas de isolamento social contra a pandemia, porém o desenvolvimento das vacinas tem sido lento.

“Nós podemos carregar e descarregar navios. Porém não podemos atracar e desatracar eles. Essa é a restrição”, disse o gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas da Argentina (CAPyM, na sigla em espanhol), Guillermo Wade, à Reuters nesta quarta-feira.

Onze sindicatos, representando trabalhadores essenciais para a atracação de navios de carga, emitiram um comunicado na terça-feira anunciando sua segunda paralisação de 48 horas de trabalho.

A primeira, na semana passada, paralisou o tráfego em Rosário, que embarca cerca de 80% das exportações agrícolas da Argentina.

Os trabalhadores exigem que sejam considerados “essenciais” e se tornem prioridade na vacinação. As greves da semana passada causaram atraso nos embarques do Rosário e de outros portos.

Até agora, 75.056 pessoas morreram devido ao coronavírus na Argentina, de acordo com informações oficiais. As medidas de lockdown, incluindo toque de recolher noturno, foram reforçadas em todo o país.

A Argentina é o terceiro maior produtor de milho e o principal exportador global de farelo de soja, itens usados como ração para alimentar porcos e frangos da Europa e sudeste da Ásia.

As greves estão acontecendo durante a temporada de exportação máxima. Os produtores da Argentina estão atualmente colhendo soja e milho, as duas safras mais rentáveis do país.

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