Política

MPF pede investigação sobre suposto “apagão” de arquivos de computadores do Planalto

11 nov 2022, 20:55 - atualizado em 11 nov 2022, 20:55
Palacio do Planalto
Para o Ministério Público, há indícios suficientes para que seja instaurada uma investigação (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Ministério Público Federal (MPF) no Distrito Federal pediu nesta sexta-feira a abertura de um inquérito para apurar suspeita de “apagão” de documentos arquivados em computadores do Palácio do Planalto, após suposta ameaça ao sistema e a dados da Presidência da República.

O MPF solicitou a investigação de ofício a partir de reportagens publicadas no site Metrópoles apontando que teria havido uma ordem, após as eleições que resultaram na derrota do presidente Jair Bolsonaro para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que a área de informática do Planalto formatasse os HDs de equipamentos da Presidência.

“O MPF quer que a Secretaria-Geral da Presidência explique de quem partiu a ordem de formatação dos HDs e se a pasta promoveu a apuração de responsabilidades sobre eventuais causas e responsáveis pelo ocorrido”, disse nota publicada em página do MPF.

Para o Ministério Público, há indícios suficientes para que seja instaurada uma investigação.

O órgão sustenta ainda que a Presidência da República não informou se de fato os computadores foram formatados e os arquivos, deletados  em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que foi detectado um “malware” em estações de trabalho.

O MPF também levanta a necessidade de se averiguar se dados sensíveis foram vazados ou se o Planalto chegou a apurar de onde partiu o ataque cibernético.

Em outra ação, dessa vez uma representação apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU), parlamentares do PT, PSB, e Rede pedem que a corte decida, em caráter cautelar, “pela adoção de medidas aptas a avaliar os potenciais riscos de destruição de dados públicos, especialmente no bojo da transição governamental”.

“A mobilização relatada pela imprensa causa preocupação ante o risco de destruição de arquivos importantes, não apenas para a transição governamental mas para o registro histórico das atividades públicas desempenhadas naquela e noutras repartições semelhantes”, argumenta a representação levada ao TCU.

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