Internacional

Mundo está mais próximo do que nunca de seu fim, aponta nova marcação do relógio do juízo final

25 jan 2023, 14:06 - atualizado em 24 jan 2023, 17:12
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Aumento das tensões entre EUA e China e a escalada retórica da Rússia na Ucrânia contribuem para piora do cenário (Imagem: REUTERS)

O mundo nunca chegou tão perto de seu fim. Essa é a mensagem do último relatório divulgado pelos cientistas nucleares que compõem o grupo Bulletin of the Atomic Scientists.

Quanto mais próximo seus ponteiros ficam da meia-noite, mais perto está o fim do mundo. Com a atualização desta última terça-feira (24), os ponteiros do relógio do juízo final apontam 90 segundos, ou 1 minuto e 30 segundos, para a meia-noite.

A aceleração dos ponteiros rumo ao fim do mundo responde, sobretudo, à escalada da retórica nuclear da Rússia, à beira do aniversário de um ano do conflito na Ucrânia.

A marcação de 2023 é a mais próxima da meia-noite desde 1947, em um contexto de acirramento armamentista entre a União Soviética e os Estados Unidos.

O Boletim dos Cientistas Atômicos foi fundado em 1945 por Albert Einstein, J. Robert Oppenheimer e outros cientistas que trabalharam no Projeto Manhattan, que produziu as primeiras armas nucleares.

Eventos cataclísmicos e o fim do mundo

O risco apocalíptico é medido pelo “doomsday clock”, ou relógio do juízo final (tradução livre), através de cálculos matemáticos de probabilidade bastante complexos.

Além das ameaças nucleares, o relógio se movimenta em função de pandemias e eventos climáticos extremos.

O ponteiro chegou a marcar 17 minutos, após o fim da Guerra Fria e a queda da URSS nos anos 1990, mas logo voltou a beirar o fim do mundo, marcando dois minutos para meia-noite no início deste século, na esteira das mudanças climáticas e ameaças nucleares da Coreia do Norte.

Em 2021 e 2022, o relógio chegou a marcar 100 segundos para a meia-noite, por causa da pandemia da Covid-19 e dos riscos de uma nova corrida armamentista.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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