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Na abertura do meio pregão de Cinzas, mal da vaca louca também está nos preços das ações dos frigoríficos

22 fev 2023, 13:43 - atualizado em 22 fev 2023, 14:26
Carnes
Exportações de carnes podendo ser suspensas para a China emitem alerta às ações do frigoríficos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Em parte os temores dos investidores que derrubam o Ibovespa (IBOV), em parte a visão do quarto trimestre de 2022 com resultados mais fracos, mas em parte, também, as ações dos frigoríficos bovinos estão precificadas pela situação que pode ser desencadeada nas exportações para a China, na abertura deste meio pregão.

Alguns analistas já avaliam essa situação, mas ainda dividem a sua participação com os outros cenários.

O desenrolar da crise aberta pela investigação de novo caso de mal da vaca louca, determinará o tempo de suspensão automática das vendas para o país asiático, como rege protocolo, mesmo se for confirmada a manifestação na forma “atípica”, sem riscos à saúde humana.

Mesmo nesse caso vai depender do governo chinês a liberação das importações.

Em quarta (22) que a liquidez deve ser comprimida, o Minerva (BEEF3) já entrega em torno de 5%, a R$ 11,77; JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3), respectivamente, estão em menos 3%, R$ 18,14, e menos 3,50%, R$ 6,35, às 13h40 aproximadamente.

O Minerva é visto como mais dependente do mercado chinês, embora suas filiais do Uruguai, Argentina e Colômbia sejam uma válvula de escape, enquanto as vendas do Brasil, em geral, fiquem paralisadas.

Em 2021, de setembro a dezembro de 2021, quando os chineses ficaram ausentes também pela doença “atípica”, o Minerva chegou a comentar que suas exportações das filiais (Athena Foods) mitigaram a ausência de embarques brasileiros.

Contra JBS e Marfrig, ainda tem o cenário impactante nos Estados Unidos, onde o preço do boi mais alto se reflete nas margens operacionais em ambiente de atenção com a inflação por parte dos consumidores e autoridades monetárias, que também foi um dos destaques da XP ao declarar que o 4T22 não será dos melhores.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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