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Na Bolsa, o impacto milionário da greve dos pilotos e comissários

16 dez 2022, 21:04 - atualizado em 16 dez 2022, 21:06
Azul Gol Latam Aviação
Pilotos e comissários prometem a greve para a segunda (19). (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

O anúncio da greve de pilotos e comissários impulsionou a quedas das ações das aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) nesta sexta-feira (19).

No pregão, as empresas perderam juntas R$ 289 milhões em valor de mercado, segundo levantamento do Trade Map.

Gol teve baixa de R$ 146 milhões em valor de mercado, a R$ 2,565 bilhões, e Azul perdeu R$ 143 milhões em valor de mercado, a R$ 3,424 bilhões.

A ação da Gol recuou 5,4%, a R$ 6,13, e a da Azul caiu 4,1%, a R$ 9,44 – patamares menores até mesmo que o do ápice da pandemia -, ajudando a empurrar o Ibovespa para uma queda de 0,85% no pregão.

O assessor de investimentos da FutureInvest, Henrique Miranda, destaca que as ações do setor aéreo foram penalizadas pelo anúncio da greve hoje.

Nos últimos meses, diz, os papéis refletem o impacto negativo do aumento do preço dos combustíveis. “Isso comprime as margens”, lembra.

“Repassar [os preços] para os consumidores não é algo simples, principalmente em ambiente mais recessivo e de retomada das operações após a covid”, afirma.

No entanto, diz Miranda, a queda mais recente do petróleo pode trazer algum alívio para Azul e Gol, permitindo, segundo ele, as negociações em torno da greve.

“Mas não há saída muito clara [para o alívio de longo prazo das áreas] porque o setor depende de elementos que estão fora do controle da empresas”, comenta.

Greve no setor aéreo

Pilotos e comissários prometem a greve para a segunda (19), das 6h até as 8h, nos aeroportos de São PauloRio de JaneiroCampinasPorto AlegreBrasíliaBelo Horizonte e Fortaleza

O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo.

Com isso, todas as decolagens iniciarão após às 8h.

Voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados.

A decisão pela paralisação foi tomada após frustração das negociações da renovação da convenção coletiva de trabalho.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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