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Na CNA, produtores de cana, soja e milho pedem a integralidade dos CBios

23 abr 2021, 18:49 - atualizado em 23 abr 2021, 18:49
Produtores de cana querem receber a sua parte por participarem com produção de baixo carbono no RenovaBio (Imagem: REUTERS/Chalinee Thirasupa)

A queda de braço em torno do reparte dos Créditos de Descarbonização (CBios), opondo indústrias e produtores rurais, teve mais um capítulo no fim da tarde desta sexta (23).

Em reunião convocada pela Confederação Nacional de Agricultura (CNA), lideranças de canavieiros, sojicultores e de produtores de milho referendaram mais uma vez que querem a integralidade dos CBios. As usinas, no topo da cadeia por representarem o principal biocombustível do RenovaBio, o etanol, falam em 50% e 60%.

Vale dizer que não há obrigatoriedade, na legislação do RenovaBio, que os produtores recebam pelos créditos vendidos pelas indústrias e que correspondem aos lotes de biocombustíveis ofertados.

Pela Feplana, principal entidade a defender a necessidade de o canavieiro também receber o CBio correspondente à entrega de sua cana, produzida dentro dos padrões de baixo carbono – portanto, carregando custos – participaram o presidente Alexandre Lima e o diretor Luís Henrique Scabello,

“Diante deste cenário a recomendação é para que produtores não aceitem pagamentos por parte das usinas, em valores inferiores aos 100%, já que algumas unidades já estão oferecendo pagamento do CBios da safra 2020 e pleiteando contratos para a safra de 2021”, ressaltou Scabello, também presidente da Canasol, da região de Araraquara (SP).

De janeiro até 09 de abril, as unidades produtoras de biocombustíveis disponibilizaram 12,1 milhões de CBios na B3 (B3SA3). Deste total, 282.595 foram aposentados, restando mais de 11,8 milhões para serem negociados. A meta de geração de CBios para este ano é de 24,86 milhões de CBios, de acordo com a Unica, que também esteve representada no encontro virtual.

A Aprosoja Brasil e Abramilho participaram do encontro, defedendo os mesmos pontos dos outros produtores de biomassas.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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