No Butantã, as repúblicas universitárias agora são verticais

Uma casa grande com paredes brancas, três ou quatro dormitórios e uma antiga máquina de lavar roupas no quintal – eis uma república universitária. Essa típica imagem, porém, está se transformando no Butantã, na zona oeste da capital paulista.

A estudante de turismo da Universidade de São Paulo (USP), Laura Helena, por exemplo, mora há quatro meses em uma “república” diferente da tradicional, o Beds Residencial, que conta com 150 apartamentos e 300 camas.

Localizado próximo à Cidade Universitária da USP, que abriga cerca de 31 mil estudantes de graduação, o residencial expande o conceito de moradia estudantil apostando em áreas de convivência compartilhada, como sala de estudos e espaços de lazer.

Para residir no Beds é necessário estar matriculado em alguma instituição de ensino. Atualmente, o residencial abriga estudantes vindos das cinco regiões do País. “Saindo do quarto você já conhece muita gente e pode fazer boas amizades”, relata a estudante de turismo.

A origem

Sergio Luis Fabreti Ros, fundador do empreendimento e engenheiro civil, conta que, em 2015, percebeu que havia espaço no mercado para um modelo diferente de residência estudantil, que fosse além da kitnet.

Com quase três décadas de experiência na construção civil, o engenheiro começou a desenvolver o conceito do residencial em 2017. No dia 13 de março do ano passado, o Beds recebeu o seu primeiro morador.

Expansão

Outros dois residenciais serão construídos no Butantã. Além disso, haverá outra unidade na Vila Mariana, próximo ao Hospital São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). As obras estão programadas para iniciar neste ano.

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Hoje, há 20 estudantes na fila de espera do Residencial Beds. O custo mensal de um apartamento na moradia é de cerca de R$ 1450,00.