Nubank (NU) e a volta dos que não foram: Ações operam em alta nesta manhã

17 maio 2022, 10:46 - atualizado em 17 maio 2022, 10:46

As ações do Nubank (NU) abriram em alta nesta terça-feira (17) na bolsa norte-americana. O banco, que reverteu os prejuízos com os resultados divulgados na segunda-feira (16), passava por uma alta de 11,7% às 10h37 desta manhã, cotada a US$ 4,9001.

No Brasil, às 10h40, os BDRs da companhia também operavam em alta, subindo 7,67%, a R$ 3,93.

Para José Augusto Albino, sócio da Catarina Capital, isso acontece porque o Nubank performou “muito bem”, com um crescimento de 226%, superando o que o mercado esperava da fintech.

“O mercado esperava um resultado negativo de US$ 12 milhões, e veio positivo em US$ 10 milhões. O banco bateu basicamente todas as metas, de novos usuários, CaC, com exceção da inadimplência, que ficou em linha, ou um pouquinho pior do que o mercado esperava”, explica.

Apesar disso, Albino define que o resultado, apesar disso, continua a ser “bastante positivo”, o que pode explicar a alta nas ações após semanas em queda.

Segundo cálculos da Bloomberg, se os detentores das ações venderem as ações, podem despejar US$ 26 bilhões em papéis no mercado, o que pressionaria o valor de mercado do roxinho ainda mais.

Apesar disso, o presidente-executivo do banco digital, David Vélez, afirmou que a maior parte dos investidores não tem interesse em vender.

Resultado

O Nubank divulgou nesta segunda-feira que teve lucro ajustado de US$ 45 milhões no primeiro trimestre

O número ficou acima do esperado por analistas da FactSet, que aguardavam prejuízo de US$ 77 milhões.

Segundo Vélez, os acionistas estão cientes das oportunidades de crescimento do banco, que tem conseguido expandir base de clientes e receitas em ritmo superior ao dos grandes bancos de varejo no país, à medida que avança na venda de produtos como seguros, crédito e investimentos.

No fim de março, o Nubank chegou a 59,6 milhões de clientes. No Brasil, o número de clientes brasileiros aumentou 55% em 12 meses, a 57,3 milhões, passando agora a ter como clientes um em cada 3 adultos no país.

“Apesar do forte crescimento das receitas ano a ano, nós ainda fazemos seis vezes menos receitas por cliente do que os grandes bancos de varejo”, disse Vélez. “Nossas vendas cruzadas ainda são pequenas”.

A Nu Holdings apurou receita recorde de 877,2 milhões de dólares no trimestre, crescimento de 226% sobre um ano antes.

Com Reuters e Renan Dantas

Por Tamires Vitorio

Editora

Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.

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