Finanças Pessoais

Número de jovens e mulheres no mercado de ações brasileiro cresce cada vez mais

23 out 2021, 11:00 - atualizado em 22 out 2021, 17:38
Cada vez mais jovens e mulheres têm decidido investir no Brasil (Imagem: Canva/Elnur)

Esqueça a imagem de investidor como homem de meia idade e com muito dinheiro. Dados mostram que cada vez mais jovens e mulheres têm decidido investir no Brasil.

“O que o cenário atual demonstra é uma verdadeira democratização do mercado no país, que consiste em uma via de mão dupla, já que esse interesse crescente dos brasileiros por investimentos leva ao desenvolvimento e evolução dos produtos disponíveis. Ao que tudo indica, trata-se de um movimento que está apenas começando. Com o tema ganhando mais e mais evidência, não há dúvidas de que o perfil de investidor no Brasil será cada vez mais diverso e plural”, afirma Daniel Alberini, sócio-fundador e diretor de gestão da CTM Investimentos.

Jovens e mulheres na bolsa

Um estudo da B3, a bolsa brasileira, sobre os 2 milhões de investidores que chegaram à bolsa entre abril de 2019 e abril de 2020, apontou que a idade média daqueles que entram no mercado de ações é de 32 anos e 56% possuem renda mensal de até R$ 5 mil.

Já no primeiro semestre de 2021, a B3 registrou um crescimento de mais de 43% no número total de investidores pessoa física ante o mesmo período de 2020 – e 50% dos estreantes têm entre 25 e 39 anos.

Outro fato que chama a atenção é que o valor médio do primeiro investimento entre os investidores pessoas físicas caiu de R$ 1.916 em outubro de 2018 para R$ 660 no mesmo mês de 2020. Entre os mais jovens — 16 a 25 anos de idade –, o ticket médio do investimento é ainda menor: R$ 225 em outubro de 2020.

Também merece destaque o considerável crescimento da participação das mulheres na B3: se em 2018 eram 179,4 mil investidoras, agora o número de aproxima do milhão.

Ao investir, o histórico do público feminino é fazer o primeiro aporte de recursos com ticket médio superior ao dos homens – R$ 481 contra R$ 303.

Novos investidores

Nesse fenômeno de novos investidores, o primeiro ponto que deve ser considerado é o maior acesso a informações. A internet, representada, especialmente, pelas redes sociais, oferece uma infinidade de conteúdos sobre investimentos, sendo o principal canal de informações desses investidores.

Nas redes, os influenciadores digitais exercem um importante papel, pois são fonte de material temático para 60% dos 73% de investidores que obtêm informações sobre investimentos na internet, segundo a B3. É fundamental, contudo, que o público esteja atento à qualidade dos dados e à credibilidade e reputação das fontes de informação.

E se antes a volatilidade, o popular “sobe e desce” do mercado, era considerada um dos principais motivos da fuga de pequenos investidores da bolsa, hoje ela assusta menos.

Os novos investidores internalizaram o fato de que as oscilações fazem parte da dinâmica de mercado e, dependendo da estratégia utilizada, pode até ser uma oportunidade de ganhos. Enquanto os investidores mais antigos usavam a volatilidade como critério para resgatar investimentos, os estreantes associam a liquidez à retirada em momentos de emergência.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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