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O que esperar e blockchain games em 2023 na visão de um Forbes Under 30

12 jan 2023, 16:58 - atualizado em 12 jan 2023, 16:58
Videogames blockchain Web3
Veja quais serão as próximas narrativas em jogos em blockchain para 2023 (Imagem: Pixabay/VanDulti)

“Se quisermos fazer o próximo Web3 game que irá trazer milhões de pessoas para o nosso universo, não basta ser só um jogo divertido”, diz João Borges, co-fundador da Bayz e Forbes Under 30 de 2022.

Borges cedeu uma entrevista ao Crypto Times onde avalia as próximas narrativas em “blockchain games”, ou jogos em blockchain, para o ano de 2023, e qual a melhor forma de rentabilizar. Confira a entrevista:

Ele comenta que o mercado de blockchain games irá fazer parte da narrativa do próximo ciclo do mercado cripto justamente por um ponto que nem todo mundo fala: o poder da comunidade que faz parte do ecossistema, e seus hábitos de consumo.

Borges comenta que o foco deverá ser além da preocupação em quão grande serão os próximos projetos, entender como fazer o ‘onboarding’ de pessoas que já sabem o que é comprar ativos digitais, e já gastam bilhões de dólares todos os anos em itens digitais, mas não necessariamente entendem essa dinâmica de possuir um NFT ou o que é de fato blockchain.

Para ele, entre diversas narrativas para o próximo ciclo de vários mercados diferentes, olhando para cinema ou arte, games é o mais palpável.

“A curva de aprendizado para que a gente consiga fazer com que essas pessoas [Web2] embarque nessa novidade é muito mais fácil. Os games já fazem parte da maior indústria de entretenimento do mundo, e não só isso, eles já entendem essa dinâmica de comprar um item digital e entender que aquilo é uma propriedade dele”, explica.

Ele relembra que games foram o estopim para adoção de cripto de uma maneira geral. Conforme diz, no início muitos jogos não possuíam uma economia sustentável, e muitos acabaram se prejudicando por isso.

“Muitas pessoas criaram suas primeiras carteiras por conta destas novidades. Talvez pelas motivações não tão legais. Minha preocupação era que nesse momento estávamos criando uma comunidade de extratores, mas não necessariamente de gamers, que é algo que fará com que o setor controle uma das narrativas do próximo ciclo”, explica.

Para Borges, esse é o momento em que veremos bons produtos, algo que é o básico e não o diferencial, conforme diz.

O co-fundador da Bayz comenta que as pessoas esperam jogos no modelo de “earn”, ou seja, ganhar renda extra, em cima de uma estrutura “triple A” [jogo de alta qualidade. “Nem todo mundo entende que esse tipo de jogo leva anos para ficar pronto”.

“Sim, teremos uma narrativa de jogos ‘triple A’ fazendo parte deste ano de 2023,mas é preciso ter um pouco mais de paciência porque esse tipo de projeto é muito bom, e por consequência, muito mais complexo, e leva mais tempo para ser desenvolvido”, diz.

Oportunidade para outros gêneros de games em blockchain

Enquanto os jogos “Triple A” estão em desenvolvimento, Borges comenta ver outra narrativa que acredita que será bem explorada em 2023. A de jogos casuais, e jogos para celulares e blockchain.

“São aqueles ‘gamezinhos’ que estão alí só para você fazer uma missãozinha, quase que um Candy Crush da vida e tem um mercado muito maior de aquisição de gamers. Vai além do ‘gamer hardcore’”, diz.

No que tange a plataforma de jogos para celulares, Borges acredita que haverá um crescimento nesse setor para o ano de 2023. “Estamos no país entre o Top 5 de ‘device mobile’ [uso de aparelhos móveis] no mundo”.

A tese é de que games na Web3 seriam mais fáceis de interagir com através de aparelhos celulares. A fácil interação será um fator crucial para adoção de games em Web3, assim como a web3 como um todo, conforme explica.

“Um exemplo foi o último fenômeno que houve no Brasil, o FreeFire, um dos maiores jogos no mundo”, exemplifica.

Isso não porque ele era o maior, ou que tinha o melhor gráfico, mas justamente porque viralizou em um país onde a barreira de entrada para celulares era alta, e o jogo não precisava de muito para funcionar. Além de ter uma economia de criadores muito forte, como conta.

Confira a entrevista na íntegra:

Primeira parte:

Segunda parte:

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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