Mercados

O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

15 mar 2021, 13:01 - atualizado em 15 mar 2021, 13:01
Mercados, Europa
Veja os principais destaques desta tarde (Imagem: REUTERS/Simon Dawson)

1. Ibovespa hesita em dia de vencimento de opções sobre ações; semana inclui Copom e Fed

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A bolsa paulista hesitava nesta segunda-feira, marcada por vencimento de opções sobre ações e sem viés claro no exterior, antes de eventos relevantes na semana, incluindo reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Às 13h, o Ibovespa subia 0,09%, a 114.062.43 pontos. O volume financeiro somava 7 bilhões de reais, influenciado pelo exercício de opções, que se encerra às 13h.

Em Brasília, o Congresso Nacional promulgou a PEC Emergencial, que traz gatilhos para contenção de despesas em caso de crise fiscal e abre caminho para a concessão de auxílio financeiro a vulneráveis atingidos pela pandemia.

Na visão da XP Investimentos, “virada essa página”, as atenções devem se concentrar na velocidade e ambiente para avanço do restante da agenda de medidas emergenciais, além da agenda setorial, bem como as reformas mais amplas.

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Também no radar doméstico está a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na quarta-feira, em meio a expectativa de elevação da taxa básica de juros pela primeira vez desde julho de 2015.

Economistas da Genial Investimentos preveem alta para 2,5% ao ano, de 2% atualmente, citando deterioração do balanço de riscos, incluindo elevação das expectativas de inflação. Para o final do ano, veem a Selic a 4%.

Mais cedo, o BC também mostrou que o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 1,04% em janeiro na comparação com o mês anterior, bem acima das expectativas.

Wall Street mostrava variações contidas após a melhor semana em seis, com os investidores se preparando para a reunião do Federal Reserve esta semana em meio à cautela sobre o aumento dos custos de empréstimos diante de forte estímulo fiscal.

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A partir desta segunda-feira, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos, o mercado à vista de ações brasileiro terá o fechamento adiantado em 1h, para 17h.

2. Auxílio emergencial: Congresso vota PEC e abre caminho para o pagamento

Congresso Nacional promulgou nesta segunda-feira a PEC Emergencial, que além de trazer gatilhos para contenção de despesas em caso de crise fiscal, abre caminho para a concessão de auxílio financeiro aos vulneráveis atingidos pela pandemia de Covid-19 sob um limite total de 44 bilhões de reais.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve sua tramitação concluída na última semana. O Executivo sinalizou que aguardava a aprovação da matéria para a edição de medida definindo os detalhes do auxílio, que deve ter valor médio de 250 reais, por quatro meses.

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3. Mercado diz que só aumento agressivo da Selic pode segurar dólar

Banco Central conseguiu frear a aceleração do dólar na semana passada com intervenções pesadas no mercado de câmbio. Mas para evitar que a moeda americana atinja um novo recorde, o Copom pode ter que ser agressivo esta semana.

Essa não será uma tarefa fácil para os membros do comitê de política monetária que, embora cientes da alta do dólar, também correm o risco de serem muito agressivos na primeira alta da Selic em seis anos, o que poderia prejudicar a recuperação da economia.

Na semana passada, o Banco Central injetou o equivalente a US$ 3,2 bilhões no mercado cambial e, para a surpresa de operadores, a intervenção ocorreu quando o dólar já perdia força no dia. Foi uma mudança de estratégia, já que o BC costuma intervir apenas para limitar altas exageradas na moeda americana.

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A estratégia funcionou, e o dólar interrompeu uma sequência de quatro semanas de ganhos. Ao mesmo tempo, a mudança alimentou o debate sobre se as intervenções visavam aliviar a pressão por uma alta de juros mais agressiva essa semana.

Embora a maioria dos analistas espere aumento de 50 pontos-base da Selic para 2,5% na quarta-feira, operadores câmbio dizem que seria necessário uma elevação de um ponto percentual para conseguir impulsionar o real, que já está entre as moedas de pior desempenho nos mercados emergentes este ano.

A decisão é um dos maiores testes até agora para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que assumiu o comando em 2019.

“O melhor curso de ação seria começar com um aumento agressivo de 100 pontos-base”, disse Alvaro Vivanco, estrategista do NatWest Markets. Mas “essas intervenções aumentam a chance de apenas 50 pontos-base.”

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O BC pode se tornar o primeiro grande banco central do mundo a aumentar os juros na era da pandemia, um forte contraste com mercados desenvolvidos, onde autoridades de política monetária estão ocupadas garantindo aos investidores que os custos de financiamento permanecerão baixos por um futuro previsível. Mas economistas dizem que, com a situação única do Brasil, o Banco Central tem pouca escolha neste momento.

4. Bolsonaro volta a criticar lockdown e insinua medidas para evitar restrições

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta segunda-feira as políticas de restrição de circulação e insinuou a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, que está estudando medidas para resolver a situação.

“Podem ter certeza que tudo que for legal fazer, eu farei. Brevemente teremos as consequências do que está acontecendo, fiquem tranquilos”, disse Bolsonaro ao grupo, que participou na segunda de uma carreata a favor do presidente e contra as medidas de fechamento de serviços em Brasília.

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O presidente é um crítico contumaz das medidas de contenção de circulação que levam ao fechamento do comércio e acusa, inveridicamente, o Supremo Tribunal Federal de ter tirado seus poderes para gerenciar a resposta à pandemia. Na verdade, a decisão da corte determinou que Estados municípios também têm responsabilidade e podem adotar medidas mais rígidas que o governo federal.

Há duas semanas, em uma viagem, Bolsonaro chegou a dizer que iria agir para que pudesse ter seu “poder” de volta. Nesta segunda, ao responder a um apoiador que reclamava das restrições em Brasília, o presidente afirmou que se colocava no lugar da pessoa, que é comerciante, e repetiu:

“Eu estou fazendo minha parte. Fique tranquilo, a gente vai chegar a um bom termo sobre isso.”

Bolsonaro disse ainda que não é ele quem está com essa “política excessiva de fique em casa”.

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Questionado sobre a que o presidente se referia ao dizer que medidas seriam tomadas, o Palácio do Planalto não respondeu.

5. Tesouro Direto: como vacinar o seu dinheiro em 2021?

O mundo mudou e as tendências do mercado financeiro brasileiro também. A taxa Selic, que estacionou a 2% desde agosto do ano passado, poderá ir a 2,5% ainda nesta semana.

Já a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo), está em aceleração. Os mais de 100 economistas consultados semanalmente pelo Banco Central aumentam há 10 semanas as suas estimativas. O patamar já está em 4,6% ao ano.

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Como ganhar com o Tesouro Direto neste cenário? Para os especialistas, a melhor forma de se proteger destas variáveis que corroem o seu dinheiro não é tão difícil.

O que fazer agora?

Para o time de analistas de renda fixa da Ágora Investimentos, o juro deverá manter uma tendência de alta até o final do ano, assim como a inflação.

A sugestão de alocação, ao menos para um horizonte de 30 dias, é de 85% em papéis indexados à inflação com vencimento em 2026.

“Assim o investidor se protege da inflação no médio prazo e ainda obtém um juro real próximo de 3,2%”, explicam Altair Maurílio Pereira, Caio Lombardi e André Sonnervig.

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O restante poderá ser aplicado em Tesouro Selic, que segue a variação do juro. Este papel pode ser vendido a qualquer momento sem ter o risco de taxa de juros (duration).

Segundo o estrategista para pessoas físicas do Santander, Ricardo Peretti, uma das principais dúvidas recai sobre uma maior clareza sobre a trajetória dos gastos públicos nacionais.

Peretti entende que o melhor posicionamento está em títulos que se favoreçam de uma eventual redução da inclinação da estrutura a termo das taxas de juros e que, ao mesmo tempo, proteja o investidor do risco crescente da inflação.

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